maio 31, 2011

Mandatos previsíveis: 90-84-27-15-14

A visão provável

Não deverá ser muito diferente desta a distribuição de mandatos na próxima Assembleia da República.

O PSD conquistará a maioria com 90 (+9) lugares que, junto aos 27 (+6) do CDS terão uma maioria absoluta tangencial com 117 mandatos. Não chegarão, juntos, aos 50% dos votos expressos. O PS terá 84 lugares (-13), o BE ficará com 13 (-3) e a CDU ganhará um, para os 16. Serão 113 deputados à esquerda.

Melhor que isto, só se se concretizar um voto útil do CDS no PSD em Beja, Guarda e Santarém. Ou se os indecisos decidirem, maciçamente votar PSD, penalizando Sócrates. O que seria um procedimento normal num país normal. Veremos se Portugal é um País normal no dia 5... 

Nestes dias é relevante a mensagem de que é importante ir votar. O descrédito e a desilusão não devem ser traduzidos em indiferença. É preciso penalizar fortemente os responsáveis pela péssima situação do País. Votando e desalojando-os do poder.

O PS deverá resistir mais do que o que seria de esperar, face à situação a que conduziu o País. Mas, sendo derrotado, Sócrates deverá resignar e abrir caminho a um "novo PS", já sem si e sem algumas das "caras feias" que se comprometeram demasiado com ele. Vide Matosinhos...


O BE apenas se safará de uma derrota caso se consiga libertar do voto útil no PS (contra a direita). Percebida a inutilidade desse voto, na recta final, os bloquistas poderão voltar a optar por votar no seu próprio partido.

Será também com esse novo PS, devidamente castigado e liberto de Sócrates ou apenas com alguns bons socialistas (deverá haver alguns apesar de, por agora, não parecer) que poderá haver um governo bastante alargado a 6 de Junho. Liderado pelo PSD, com o CDS a assegurar a maioria absoluta, mas incluindo - patrioticamente - o tal "bom" PS que deverá emergir no pós 5 de Junho. A verdade é que o que vem aí precisará de todos. Mas não de Sócrates e dos seus apaniguados. Simplesmente porque eles nos conduziram a isto.


Açores: Terá de haver voto útil do CDS no PSD a fim de assegurar a possível vitória deste último. Se assim for 3-2 para o PSD ao invés de 3-2 para o PS. Os votos do CDS no PSD poderão fazer toda esta diferença.

Aveiro: O PS deverá perder um deputado para o PSD ou para o CDS. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir. O BE deverá manter um deputado.

Beja: Um voto útil maciço do CDS no PSD poderia tirar um deputado ao PS (para o PSD). É possível.  O voto no CDS é inútil neste distrito.

Braga: O PS deverá perder 3 deputados. Dois para o PSD e 1 para o CDS. Os dois do PSD estão mais seguros. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Bragança: Não haverá mudanças 1 para o PS e 2 para o PSD. O voto no CDS é inútil, mas o voto útil do CDS no PSD não retirará o deputado do PS. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Castelo Branco: Não haverá mudanças 2 para o PS e 2 para o PSD. O voto no CDS é inútil, mas o voto útil do CDS no PSD não retirará deputados ao PS. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Coimbra: O BE deverá perder o deputado que o Distrito perdeu. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Évora: Não haverá mudanças 1 para o PS, 1 para a CDU e 1 para o PSD. O voto no CDS é inútil, mas o voto útil do CDS no PSD eliminará surpresas (o PS roubar o deputado do PSD).

Faro: O novo deputado para o distrito deverá ir para o PS. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Guarda: Deverá ficar igual: 2 para o PS e 2 para o PSD. Um voto útil maciço do CDS no PSD poderia tirar um deputado ao PS (para o PSD). Não é provável. O voto no CDS é inútil neste distrito.

Leiria: O PS perderá um deputado para o PSD. O BE poderá perder um deputado para o CDS. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Lisboa: O PS perderá um deputado para o PSD e talvez 2 para o CDS. CDU e BE deverão manter os 5 deputados cada. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Madeira: Deverá ficar na mesma 4-1-1. O efeito dos partidos marginais (PND e PT) deverão evitar que o PS ganhe um deputado ao CDS em relação às últimas legislativas.

Portalegre: Não haverá mudanças 1 para o PS, 1 para o PSD. O voto no CDS é inútil, mas o voto útil do CDS no PSD eliminará surpresas (o PS roubar o deputado do PSD).

Porto: O PS perde 3 deputados. Dois para o PSD e um para o CDS. CDU (2) e BE (3) deverão segurar os seus deputados. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Santarém: Não deverá haver mudanças. manter-se-hão os 4-3-1-1-1 das eleições anteriores. No entanto, algum voto útil do CDS no PSD poderia retirar um dos deputados CDU ou BE para o PSD. Não é impossível mas é pouco provável.

Setúbal: O PS deverá perder um deputado para o CDS. No final 6-3-2-4-2

V.Castelo: O PS deverá perder um deputado para o PSD 2-3-1. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

V.Real: Não haverá mudanças 2 para o PS e 3 para o PSD. O voto no CDS é inútil, mas o voto útil do CDS no PSD não retirará deputados ao PS. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Viseu: O PS deverá perder um deputado para o PSD 3-5-1. No PSD e CDS o voto útil é no partido que cada um preferir.

Estrangeiro: Mantém-se o 3-1 para o PSD.

Esta análise não tem qualquer base científica e resultou da avaliação das votações nas últimas duas eleições para a Assembleia da República e das tendências visíveis reveladas pelas sondagens mais recentes. A aplicação do método de Hondt e os mandatos em jogo completaram o estudo.

maio 30, 2011

Voto útil, voto inútil

O PSD, nesta semana final, antes das eleições deve reforçar a mensagem sobre:

A herança que Sócrates e os seus governos nos deixam. Pesadíssima...

A defesa construtiva que o PSD faz ao Estado Social com três pilares de sustentação (público, social e privado) em oposição ao PS que preconiza um Estado Social Suicida apenas suportado pelo sector público, agora, depois de seis anos de desgoverno, totalmente descapitalizado.

A importância de ir votar. O descrédito e a desilusão não deve ser traduzido em indiferença. É preciso penalizar os responsáveis pela péssima situação do País, desalojando-os do poder.

Sem atacar o CDS, referir que há círculos onde só o voto no PSD é um voto contra Sócrates.

maio 29, 2011

Estado Social: PSD vs PS

A destruição do Estado Social e a fúria privatizadora é um dos maiores logros que a máquina de Sócrates tenta lançar sobre as intenções programáticas do PSD.

Assim, tenta capitalizar votos no grupo que, em 2009, mais foi beneficiado pelas medidas do PS, no processo pré-eleitoral. Esse grupo está saudoso desses tempos e vê criada uma expectativa que - não quererá saber - não terá futuro.

O PS deu e já tirou. Ganhou as eleições e já cortou nos abonos, nas pensões. Nos subsídios sociais, nos ordenados. Congelou progressões nas carreiras públicas. Aumentou as taxas moderadoras, fez cortes na Educação e Saúde. Um Estado que assegura, agora, menos serviços e mais caros. Que criou novas portagens e aumentou os impostos.  Fechou escolas e maternidades, sem criar alternativas válidasE vem aí bem pior, com o Memorando FMI... 

Sócrates sabe que não vai dar, mas basta-lhe criar a ilusão, promovendo a mentira, de que o PSD vai tirar.

As processos de concepção do Estado Social traduzem-se e distinguem-se, facilmente nas seguintes expressões:

Estado Social (PSD) = Sector Público + Sociedade Civil + Sector Privado
Estado Social (PS) = Sector Público

Todos sabemos que o Sector Público enfrentará alguns anos de grandes dificuldades. Basta ler o MoU, assinado sem reservas por Sócrates. O PSD conta com a Sociedade Civil para o ajudar na tarefa de salvaguardar o Estado Social. O que justificou a escolha do cabeça de lista por Lisboa. É sempre melhor ter o Sector Público + Sociedade Civil + Privados a trabalhar pelo Estado Social do que, teimosamente, negar essa ajuda complementar e se fincar num Estado que está totalmente fragilizado nesse seu dever, por falta de recursos.

É necessário repetir e voltar a repetir: o PSD defende o Estado Social. Mas um Estado Social Sustentável. Um Estado Social suportado por 3 pilares, mais equilibrado e eficaz. O PSD não privatiza, mas chama à colaboração os privados. Não reduz, mas soma. Mais ajudas, não serão nunca demais para assegurar a estabilidade e a coesão social, fundamental para enfrentarmos as dificuldades que aí vêm.

O PS criou um Estado Social Suicida. Deu (para ganhar as eleições de 2009) e tirou logo a seguir. Um Estado Social apenas suportado pelo Sector Público, que está fragilizado, não terá sucesso. Negar outros apoios, como faz o PS, será o continuar simples das políticas actuais. Que se revelaram ruinosas.

Voto útil no CDS/PP. Onde e Porquê?

Em todos os distritos onde o voto útil não é, claramente no PSD.
Para quem entende que as propostas do CDS PP são as melhores.
Para quem ainda é influenciado pela campanha do PS e lhe dá alguma razão no que se refere à (hipotética) impreparação de Passos Coelho. Aí, se não se sente seguro a votar no PSD e quer desalojar Sócrates, deve votar CDS/PP.

O CDS/PP é o aliado natural do PSD no processo que dará um futuro ao País. Pois, se quisermos que haja um futuro, Sócrates terá de ser definitivamente afastado.

O voto útil no PSD, onde existe (e existirá, em alguns distritos, não em todos) é um voto pelo futuro, contra o mais do mesmo que nos traria o PS e Sócrates. Não é um voto contra o CDS/PP é um voto pelo futuro, com o CDS/PP e sem Sócrates e o PS.

Quem vota no PS?

A situação portuguesa é estranha. Em todo o Mundo, quando um Governo desgoverna ao ponto a que chegou em Portugal, é desalojado do poder. Sem apelo nem agravo. É castigado e vai fazer uma cura na oposição por alguns anos. Aparentemente, por agora, o PS ainda conseguirá (?) convencer um terço dos portugueses (mas como?):

Votam no PS os indefectíveis. A malta de Matosinhos, os “que estão todos” com Sócrates, os que dizem que “quem se mete com o PS leva”. Os históricos que o farão, sempre, mesmo com o descalabro do País à vista, os Alegres e Soaristas. Os do regime, dos tachos, os Rui Pedros. Os que têm o gene da esquerda, que nunca são pragmáticos. Como a maioria dos jornalistas que são de esquerda, pois isso é que é (era) ser progressista, quando eram mais jovens. Os que são “contra a direita”, por preconceito… 

Neste grupo, não há nada a fazer. Vão votar Sócrates, mesmo que engulam um sapo, mesmo que isso afunde o País. Pois isso lhes garantirá (acham eles) o tacho e a acalmia da sua consciência (?)...

Votam no PS os enganados. Os ingénuos. Que são vítimas da máquina de propaganda de Sócrates. E que serão os suficientes para que o PS ache justificável a pratica e insista na meia verdade, na simulação e até na mentira. E já foram tantas… 

O PS sabe que os do grupo anterior não caiem nesta. Mas não precisa. Pois para esses, Sócrates não é penalizado porque mente, mas é admirado porque mente … bem e convincentemente. 

Para este segundo grupo, a mentira ainda “cola”… apesar de cada vez menos. Até ao fim da campanha é preciso denunciar, denunciar, denunciar sempre. O PS conta uma história falsa sobre as responsabilidades que tem na actual situação do País. O PS governou seis anos e desbaratou recursos. Os que tinha e os que pediu emprestado. E que todos vamos (estamos já a) pagar. Mas ainda estamos no princípio. Tudo se irá agravar e muito, nos próximos anos.

O PS diz que Sócrates tem a experiência que precisamos para os momentos difíceis que se adivinham. Experiência de quê? Certamente de nos conduzir a estes momentos difíceis…

Como podemos sequer colocar a possibilidade de pedir uma sugestão de onde esconder as ovelhas, ao lobo que acabou de atacar o rebanho?

Quanto a Passos Coelho, estamos a votar para um primeiro-ministro, e não a ajuizar uma qualquer performance num qualquer casting para um lugar numa peça de teatro onde precisamos de alguém que represente bem.

Votam no PS os do voto útil à esquerda. Que serão alguns (muitos, aparentemente) usuais votantes CDU e BE que poderão votar PS tal como os comunistas votaram Soares contra Freitas do Amaral. De olhos fechados, engolindo um sapo. Porque são, de principio, contra a direita. E acham que é melhor Sócrates do que essa direita… 

É necessário traze-los à razão. Sócrates não é de esquerda. Não salvaguarda nada. Pelo contrário. Deu o que tinha (é certo) mas também o que não tinha. Agora colocou-nos de joelhos perante os nossos credores. E diz que vai manter as políticas. Basta ver o programa do PS... 

Caberá aos seus dirigentes (da CDU e BE) salvar as suas casas. Não está fácil. O aspecto referendário destas eleições é forte concorrente nessa argumentação. Julgamos que, se o PSD descola do PS nas sondagens, esses votos voltam à origem. Daí a instrumentalização do PS (não tenham dúvidas) sobre as empresas do ramo. A ideia do empate técnico é-lhes fundamental. Para manter o voto útil, surripiado à esquerda.

E votam no PS os assustados. Os que, também enganados pela máquina de propaganda socialista, acham que o PSD e a direita será um papão do Estado Social que Sócrates lhes deu…

Ora, Sócrates deu (para ganhar as eleições em 2009) mas já tratou de retirar. Mas esse processo desgovernado criou uma dívida monumental, com 80 mil milhões acima do limite razoável. Foi Sócrates e não outro qualquer, que já cortou nos abonos, nas pensões. Nos subsídios, nos ordenados. Que fez aumentos das taxas moderadoras, cortes na Educação e Saúde. Que assegura, agora, menos serviços e mais caros. Que criou novas portagens e aumentou os impostos.  Fechou maternidades. E ainda não chegaram os efeitos do Memorando FMI (ou sejam, as condições que nos impõem os nossos credores, potenciados pela monumental divida criada pelo PS)…

O que aí vem (neste caso com Sócrates ou com qualquer um) vai fazer parecer a situação actual a um passeio...

O trabalho da última semana de campanha deve ir por aqui. São estes que terão de ser elucidados que Sócrates deu e tirou logo a seguir e mais vai tirar (assinou isso com FMI). Que Sócrates não é garante de nada.

O PSD, pelo contrário, sabendo que o Estado nada pode dar a mais (basta ler o MoU), conta com a Sociedade Civil para o ajudar na tarefa de salvaguardar o Estado Social. É sempre melhor ter o Sector Público + Sociedade Civil + Privados a trabalhar pelo Estado Social do que, teimosamente, negar essa ajuda complementar e se fincar num Estado que está totalmente fragilizado nesse seu dever, por falta de recursos.

É necessário repetir e voltar a repetir: o PSD defende o Estado Social. Mas um Estado Social Sustentável. Um Estado Social maior, mais forte e mais eficaz. Maior porque aceita a contribuição da Sociedade Civil e do Sector Particular no processo, face à fragilidade actual e incontornável nos próximos anos, do Sector Público. O PSD não privatiza, mas chama à colaboração os privados. Não reduz, mas soma. Todos juntos serão sempre mais e mais eficazes na procura do mesmo objectivo. Que é assegurar a estabilidade e a coesão social, fundamental para enfrentarmos as dificuldades que aí vêm.

Estado Social (PSD) = Sector Público (frágil) + Sociedade Civil + Sector Privado
Estado Social (PS) = Sector Público (frágil)

O PS apenas criou um Estado Social Suicida. Deu (para ganhar as eleições de 2009) e tirou logo a seguir. Um Estado Social apenas suportado pelo Sector Público fragilizado não conseguirá o necessário. Negar outros apoios, como faz o PS, será o continuar e agravar as políticas actuais. Ainda mais cortes, ainda mais custos, ainda menos serviços…

maio 28, 2011

Voto útil no PSD. Onde e porquê?

Sendo uma eleição referendária, a votação em 5 de Junho deverá ser, para muitos, sustentada na análise do voto útil. Só assim será possível escaparmos a mais do mesmo. Afinal, o PS alinha novamente com Sócrates e foi este primeiro-ministro que, em 6 anos, aumentou a dívida pública em quase 80 mil milhões de euros, para além do valor considerado sustentável.

Foram as políticas socialistas que provocaram aquele nível de despesas que nos levaram (quase) à bancarrota.

Até agora, 3 PECs socialistas já tentaram colocar o País na linha. E o PS falhou.
Foi necessária uma ajuda de 78 mil milhões para podermos enfrentar alguns anos de ressaca, que aí vêm, resultantes deste desgoverno e destas políticas.

Políticas que serão continuadas e isso asseguram os socialistas, Sócrates e o seu Programa. Com eles, está todo o PS, como vimos em Matosinhos. 

Passos Coelho já garantiu o PP no Governo. Assim, é importante que os votantes do PP, em alguns distritos, compreendam que estão a contribuir mais para que o seu partido esteja na linha da frente da mudança necessária, votando PSD. Apesar dos dirigentes do PP não poderem admitir isso, o certo é que sabem que é assim. Apesar de entendermos todos que não o possam reconhecer.

A derrota do PS passa por aplicarmos todos, conscientemente, o voto útil:

Na Madeira, o PSD elege sempre 3 deputados e o PS 1. Os 5º e 6º deputados oscilarão entre o PS, PSD ou PP. É necessário ir votar (reduzir a abstenção), fugir à votação em partidos marginais e concentrar os votos no PSD e no PP.

Nos Açores, o PSD e o PS elegem 2 deputados cada um. O 5º deputado será de um dos 3 partidos (PP incluído). O mais eficaz é concentrar votos no PSD pois o PP está mais longe desse mandato. Dessa forma o PSD poderá ultrapassar o PS e garantir o 5º deputado. Para o PP eleger um deputado necessitaria de uma subida de 30% do seu eleitorado. Para o PSD fazer isso, basta-lhe um terço dos votantes (inúteis para o caso) no PP.

Em Vila Real, a situação é quase idêntica à dos Açores. Os mesmos deputados, a mesma situação. A inutilidade do voto no PP é, mesmo assim, ainda maior. Pouco mais de um terço dos votos no PP dariam ao PSD o terceiro deputado. Caso contrário, esse terceiro deputado poderá ser do PS. É um caso nítido em que votar PP (em vez de votar PSD) terá como resultado mais um deputado para o PS.

Em Viana do Castelo a situação é mais complicada. O PS não deverá ver-lhe fugir 3 dos 6 mandatos. Infelizmente. Os votantes no PP e PSD deverão confirmar os seus votos a fim de garantirem os restantes 3 lugares. Teria que haver uma forte transferência de votos do PS para o PSD para inverter a situação e dar ao PSD a vitória e o 3º deputado (2 para o PS e 1 para o PP). Mas pode acontecer. É preciso não desmobilizar. Afinal, Sócrates foi um descalabro na gestão do País.

Em Portalegre, só se elegem 2 deputados. Um será do PS, o outro terá de ser do PSD. A votação no PP é inútil pelo que aqui terá que haver voto útil no PSD. Que não poderá ter uma votação inferior a metade da do PS. Não é provável, mas terá de ser evitado através do reforço da votação (dos usualmente votantes no PP) no PSD.

Na Guarda, muito parecido com Portalegre. Quatro mandatos. Votação inútil no PP. O 3º deputado poderá ser do PSD se os votantes no PP concentrarem nos sociais-democratas os seus votos. Alguma perda do PS fará o resto.

Em Évora, três mandatos. Um para cada partido (CDU, PS e PSD). Os votos do PP são inúteis, pelo que deverão ser concentrados no PSD evitando uma qualquer surpresa que lhe retire o mandato, para um dos outros partidos de esquerda.

Em Castelo Branco, não haverá muito a fazer. Quatro mandatos a dividir entre o PS e PSD. Os votos (inúteis) no PP deverão reforçar o PSD para evitar surpresas negativas (3-1 para o PS). Mais um caso em que votar PP poderá dar vantagem ao PS. A evitar.

Em Bragança, 3 deputados e 2-1 para o PSD. A votação no PP é inútil e o PS deverá sempre garantir 1 mandato. O voto útil no PSD deverá ser concretizado, evitando surpresas que possam dar o 3º deputado ao PS.

Em Beja é o caso mais relevante. Os votos no PP são completamente deitados no lixo (se colocados no PP) mas poderão valer um deputado ao PSD, que o ganhará ao PS. Voto útil urgente.

A 5 de Junho, eleições referendárias

As eleições do dia 5 estão, claramente, transformadas num referendo:

Segundo o PSD, mais do mesmo ou a mudança

O PS esteve quase 15 anos no poder. Sempre em crescendo de dívida. Mas bastaram os últimos 4 anos, onde todos os limites admissíveis para a dívida externa foram cavalgados, para nos levar (quase) à bancarrota. E só não chegamos lá (a data agendada era Junho próximo, quando o Governo ficaria sem dinheiro para pagar os encargos da dívida pública, salários e pensões e quando os Bancos entrariam em falência), porque o chumbo do PEC4 aconteceu e desalojou Sócrates da sua teimosia. Uma teimosia que só servia para adiar, à procura de uma razão, de um motivo que branqueasse as culpas socialista (que eram todas). 

A verdade é que, nessa altura a dívida já era proibitiva, o défice estava descontrolado, Portugal estava fora dos mercados e vivíamos à conta dos fretes de Constâncio no BCE que emprestava aos Bancos portugueses que iam fazendo de "mercados" no teatrinho dos leilões da dívida. O PEC4 era ... o quarto e outros se seguiriam. Os juros já tinham ultrapassado o limite máximo de 7% de Teixeira dos Santos e Sócrates insistia que não era precisa ajuda externa. O que foi logo contrariado semanas depois. Eram - mesmo - precisos 78 mil milhões, nada mais, nada menos que o valor da dívida que os Governos de Sócrates acresceram à anterior.

Segundo o PS, a destruição do Estado Social em vez da segurança

Aqui e ali, ainda remanescem algumas referências ao PEC4 e à “culpa” de quem desencadeou uma crise política… Mas, como esta ideia foi rápida e irremediavelmente anulada nos círculos dos razoavelmente entendidos, o PS, agora, só insiste nela junto dos eleitores menos elucidados. Contando com a sua ingenuidade e receptibilidade a sound bytes. Que, sabem eles, ainda “colam” a muitos, que se mantêm crentes que, no referente ao Estado Social, a esquerda dá e a direita tira. Uma mentira repetida muitas vezes para criar uma ilusão socialista. Alguns acreditam e eles apostam nisso.

O PS diz defender o Estado Social. Infelizmente, o Estado Social do PS é o que assistimos: cortes nos abonos, nas pensões. Nos subsídios, nos ordenados. Aumentos das taxas moderadoras, cortes na Educação e Saúde. Menos serviços e mais caros. Portagens e aumentos de impostos. E ainda não chegaram os efeitos do Memorando. Ainda falta a ressaca. Dar de mais é tão mal como tirar. Pois conduz à dependência. Foi o que aconteceu. Alguns estão iludidos e acham que o PS poderá continuar a “defender” este Estado Social. A dose diária. Já não pode. Já cortou e já assinou o Memorando. O Estado Social socialista morreu. Foi um Estado Social Suicida. Uma situação impossível tal como é o Programa do PS: mais do mesmo que só nos conduzirá (ainda mais) ao fundo do poço.

O Estado Social necessário é o Estado possível. O que não mata a economia sugando-lhe cada vez mais recursos até que (a galinha dos ovos de ouro) morra. Um Estado Social Sustentável. O que defende o PSD. 

O melhor Estado Social é aquele que assegura mais e melhores serviços sociais. Prestados pelo Estado, pela Sociedade Civil, pelos Privados. Isto não é privatizar. É juntar todos tendo em vista objectivos comuns. Mais farão sempre melhor. 

O Estado socialista, isola-se nessa tarefa. Pelo que será sempre mais do mesmo. Ou seja, como vemos, cada vez menos...

Sendo assim, a eleição de 5 de Junho, sendo referendária, será decidida nos Distritos que elegem menos deputados. Onde a votação nos partidos distintos do PS e PSD serão votações absolutamente inúteis. Onde urge entender o voto útil. Para desalojar Sócrates.

maio 27, 2011

A quem interessa o socialismo no poder?

Os jornalistas, em Portugal, são de esquerda, por natureza...
Os seus patrões (globalizados), talvez não.

No entanto, paradoxalmente, os interesses desses patrões conduzem exactamente ao mesmo  destino, desejado por ambos: um país nas mãos da esquerda

Convém-lhes, aos patrões, um país desgovernado pela esquerda que, sabem bem, acabará literalmente nas "suas mãos" - ver Memorando FMI. Isto ao invés de um País bem gerido, que se mantém seguro e dono da sua soberania...

É que, assim, aquele país, perdida a soberania, estará alguns anos subjugado por um qualquer MoU, a pagar spreads, juros e castigos a quem gere o capital global que nos vem salvar. E que infelizmente, vem mesmo, pois foi criada, nos últimos anos, uma dependência que precisa de ser eliminada mas que trará como consequência uma ressaca substancial. 

Tudo isto foi possível porque os governantes de esquerda (PS, Sócrates e Teixeira dos Santos) se aventuraram e criar uma dívida de impossível gestão interna. Agora, temos que ressacar...

Claro que por vezes a coisa falha (como na Grécia). Mas eles estão habituados. É uma simples gestão de risco. Os outros (contribuintes de outros países) pagarão por isso.

A um Banco, interessa trabalhar com uma empresa que peça emprestado, mas que vá pagando o que deve... Pois é aí que ganham dinheiro...

Assim, é ver os jornalistas a lutarem pela manutenção do staus quo, só porque este se diz de esquerda. Branqueando tudo o que de anormal vem desse lado e amplificando a mentira que é desenvolvida a partir de tudo o que - bem intencionado - vem do outro.

Não deixa de ser curioso o papel a que se prestam esses jornalistas. Acabam instrumentalizados (talvez ingenuamente) pelos confessos seus maiores inimigos: o grande capital.

maio 26, 2011

CDU e as Escadas Monumentais de Coimbra - é ilegal limpar

Alberto João Jardim acaba por ter toda a razão do Mundo. A CNE ensandeceu e justifica plenamente a sua integração no grupo de organismos a extinguir.

Diz a CNE que é legal o vandalismo concretizado pela CDU na Escadas Monumentais de Coimbra, que antecedeu o comício ali realizado. Apenas porque a escadaria não é monumento nacional e que "apenas" tem um processo a decorrer nesse sentido...

Vivemos no lixo e com o lixo que escolhemos...

maio 25, 2011

Desemprego nos 13% no final de 2012 estima a OCDE

Devem ter sido números dados por Sócrates...
Pela certa.
Vamos apostar que chega aos 15%? Infelizmente...
Estamos quase nos 13% e temos 3 anos de Memorando pela frente. Não tenhamos ilusões.

Défice das Empresas Públicas - informações adiadas para depois das eleições

Remunerações docentes e atractividade na carreira em Portugal

O blog Cachimbo de Magritte comentou um interessante gráfico sobre as remunerações docentes em muitos países.

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Não resistimos a acrescentar:

Portugal é o País que maior esforço faz para pagar os seus professores. Ora vejamos:

1)Os respectivos salários máximos atingem 2,82 vezes o PIB per cápita. No gráfico publicado, a barra respeitante ao nosso País está truncada pois extravasaria o espaço disponível...

2)Todos os professores em Portugal atingem o topo da carreira (uns um pouco mais rapidamente que outros) e se reformam com os ordenados máximos, o que não sucede na maioria dos restantes países onde a progressão na carreira é um prémio para os melhores (talvez um terço de entre todos) num processo onde nem todos os soldados chegam a general.

3)Sabemos que há mais professores por aluno, nas escolas em Portugal, que na maioria dos restantes países.

4)Que uma grande parte do trabalho efectuado pelos professores portugueses (não se considerando os dias de férias devidas) é efectuado (...) fora do local de trabalho, sendo, muitas vezes, dispensada a sua realização. Acontece no Natal, Páscoa e em alguns dias (não os de férias) no Verão.

5)Há, por vezes, algumas coincidências nos horários e calendários da formação usufruída que "caiem em cima" do trabalho lectivo, não acontecendo o mesmo em relação ao trabalho não lectivo.

Ou seja, dificilmente se poderá responsabilizar as políticas remuneratórias pelos resultados menos bons do País em matéria de Educação. Por muitas voltas que se queiram dar...

Há mais professores que a média, todos chegam ao topo da carreira e ganha-se muito mais que em qualquer outro país, se medirmos o rendimento pelo seu padrão de riqueza.

Isto não significa que nós (em Portugal) estejamos errados. Até poderão ser os outros - todos - que estejam. O que não é aceitável é aceitarmos o discurso, recorrente, do desprestígio e do não reconhecimento da carreira docente em Portugal.

A verdade é que a atractividade da profissão não se perde só porque no início da carreira docente se ganha ao nível do PIB per cápita português. Até porque isso acontece na maioria dos Países. 

A verdade, também, é que em Portugal a atractividade revela-se através do sempre elevado número de candidatos que se apresentam aos concursos. Pois todos os que acedem à carreira docente sabem bem que progridem a bom ritmo na mesma, garantidamente e sempre até ao topo, aumentando os seus rendimentos de forma ritmada, até valores inusitados no resto dos países, atingindo  uma remuneração de 2,82 vezes o PIB nacional. O que chega a todos, sem excepção...

Empréstimo FMI Juros, castigo e despesas administrativas

Foram divulgadas as condições de empréstimo a Portugal. No que se refere a uma primeira tranche que evitará a bancarrota já em Junho. O que só foi possível com o afastamento de Sócrates, através do chumbo do PEC4.

Claro que a necessidade deste empréstimo (e todas as medidas de austeridade que a ele estão directamente associadas) deve-se à desgovernação socialista dos últimos anos.

Foi explicado que o MEEF financiou-se a 3,53%, que Portugal pagará 2% de spread ou penalização, a que se acrescem 0,15% de custos administrativos. Num total de 5,68% a suportar pelo Orçamento de Estado (pelos contribuintes portugueses, através da aplicação das medidas do Memorando) nos próximos 10 anos.

Questões:

Para quem irão os 2% de "castigo"? Serão 1,56 mil milhões face aos 78 mil milhões de empréstimo total previsto.

E serão lícitos 0,15% de custos administrativos? Serão 117 milhões...

Porque não há instrumentos que permitam que investidores internos, incluindo a população em geral, possa canalizar - facilmente - alguma poupança (agora que se tornaram inúteis as aplicações PPR no referente aos benefícios fiscais) para este efeito? 

É certo que estão disponíveis os Certificados do Tesouro. Mas porque não criar uma ferramenta ainda mais simples, via sistema bancário, tão acessível como os depósitos a prazo? Afinal, os bancos também se financiarão sobre aquelas tranches e sobre aqueles empréstimos...

Porque não transferir para os pequenos aforradores portugueses aqueles 1,56 mil milhões, sem considerar os 3,53% (custo do dinheiro no mercado que, actualmente, remunera as poupanças internas)?

E assim, transformando uma parte da dívida externa em dívida interna?

maio 24, 2011

Sócrates "falha" escolaridade obrigatória

Na apresentação do programa de governo do PS, em Abril, Sócrates vincou a importância da continuação do processo (que já decorre) da ampliação da escolaridade obrigatória.

Mas enganou-se ao referir que a mesma respeita à extensão da mesma até ao 12º ano.

O programa do PS não se engana, mas Sócrates não conseguiu verbalizar o que lá está escrito. E foi longe de mais, descrevendo objectivos impossíveis o que, atendendo ao seu currículo, nos faz levar a questionar se terá sido mesmo um equívoco…

A escolaridade obrigatória foi ampliada até 12 anos de frequência. E não até ao 12º ano. É um erro recorrente confundir as duas coisas, mas não é aceitável que o equívoco vá tão longe. Até ao primeiro-ministro...

Na prática, os jovens portugueses são obrigados a se manter na escola (ou numa acção de formação) até a conclusão do ano lectivo em que completam os 18 anos (6 anos na entrada no 1º ano do ensino básico + 12 anos).

Só concluirão o Ensino Secundário, neste prazo, aqueles que tiverem um percurso educativo sem qualquer retenção. E estes são apenas, cerca de um terço do total…

Consideramos, inclusive, que a alteração decidida pela Ministra Maria de Lurdes Rodrigues terá pecado por excesso. Em muitos casos, ao impor a manutenção de jovens insatisfeitos no sistema, até aos 18 anos, veremos a indisciplina (e quem sabe a violência) a recrudescer nas Escolas no País. Se já era complicado manter jovens nas escolas – que não querem lá estar – até aos 15 anos, o que se passará com eles e com todos os outros com até 18 anos, nas mesmas circunstâncias?

Se a situação se complicar, haveria todo o interesse em rever esta meta, adiando-a por alguns anos (5?) e introduzindo um novo objectivo intermédio: teriam a escolaridade obrigatória concluída todos os jovens com 18 anos completos ou o 9º ano (ou equivalente) finalizado.

Teixeira dos Santos diz o que o PS esconde

Teixeira dos Santos, nos EUA, confirma que o Memorando da troika, assinado sem reservas por Sócrates, inclui a redução da Taxa Social Única como compromisso (crítico acrescenta PPC). 

Ao contrário do que pretendem fazer crer, o estudo de que tanto falam os socialistas não é determinante para a decisão de descida (ou não) da TSU, mas sim e apenas para decidir sobre qual a forma de assegurar a sustentabilidade do orçamento da Segurança Social, que fica (ou não) comprometido com essa quebra de receitas. 

Ou seja, o PS vai atacando as várias propostas do PSD (porque lhe dá jeito) tentando iludir sobre a (im)possibilidade de evitar a medida (redução da TSU).

O PSD - e bem - tem apresentado várias propostas. Primeiro, apurando a folga que as próprias medidas do Memorando possam criar no orçamento da Segurança Social. No sistema contributivo e não no sistema não contributivo onde se poderá admitir que os "ganhos" se apliquem à redução do défice do Estado.


Mas, ainda restam cortes e congelamentos das pensões que podem ser exploradas (menos despesas poderão admitir menos receitas) com este fim. Carlos Moedas apresentou e bem, mas foi logo atacado pelos que não têm solução alguma e têm - na mesma pois assinaram o Memorando - que aplicar a medida. 

Depois, ajustes no IVA e, quem sabe, no final (Teixeira dos Santos salientou essa possibilidade) um aumento das taxas dos impostos sobre o consumo ou seja... IVA. 


Nem mais nem menos... O que dirá o PS de Matosinhos sobre isto?

maio 23, 2011

PS: uma escola (só) para si e outra escola para os outros

O PS acusa o PSD de querer acabar com a Escola Pública e criar uma Escola para ricos e uma Escola para pobres.

Ora, é o inverso. Vejamos:

Vamos considerar que, grosso modo, temos no País 80% da população em escolas públicas, 10% em escolas com contrato de associação (escolas particulares que cumprem o papel da escola pública que não existe na zona) e 10% numa escola privada alternativa.

Neste momento a política do PS é gastar dinheiro em aumentar a oferta da Escola Pública, “afogando” as escolas particulares com contrato de associação. Dessa forma, ignora que estas existem, corta nos respectivos financiamentos e direcciona os seus alunos para uma - nova - oferta que vai criando de forma inútil, desbaratando recursos públicos. Aquelas escolas “morrem”. Pelo que:

O panorama a curto prazo (se o PS se mantiver no poder) será, grosso modo: 90% dos alunos em Escolas públicas e 10% nas escolas privadas puras.

Assim, acha o PS que está a defender a escola pública, eliminado as alternativas ainda restantes. Mas não todas. Restará ainda um pequeno grupo de escolas privadas. Essas sim,  sobreviverão e manter-se-hão acessíveis apenas para alguns. Os mesmo ricos, onde se incluirão os “filhos e netos dos iluminados socialistas defensores da Escola Pública”.

Teremos então cada vez mais igualdade, com mais alunos e famílias vergadas à Ditadura da Escola Pública, sem prejuízo da opção de alguns (cada vez menos) por outras escolas…

No modelo defendido pelo PSD, a liberdade de escolha pela escola é alargada, potencia-se alguma (a possível) diferenciação e o acesso de mais alunos e famílias a essas alternativas. Sem mais custos ou até, inversamente, com menos custos para o Estado.

E porquê:

O apoio público passa a ser de uso livre pelas famílias. Aí, com esse valor na mão, mais famílias poderão suportar (passaria a ser pago apenas o excedente) as mensalidades nas escolas particulares que lhes estivessem acessíveis.

Os alunos que se transferirão para essas escolas alternativas, libertarão as Escolas Públicas das despesas que têm com eles. E o valor que os mesmos levam para a escola particular alternativa será sempre inferior ao dessas despesas. Pois é admissível que o valor “levado” seja inferior ao custo “inibido” pela sua saída da escola publica (é um “prémio” a pagar pela família que faz essa opção).

O panorama final será, ainda grosso modo, outro: 70% nas Escolas públicas, 10% em Escolas com contratos de associação (a valorizar e apoiar) e 20% em escolas privadas alternativas.

Como se verifica, não morrem as escolas com contrato de associação; incrementa-se a diferenciação e mais famílias poderão procurar alternativas. E, dessa forma, essas famílias podem orientar (positivamente) as suas poupanças (em vez de irem de férias, para o Brasil) para que os seus filhos possam ter uma opção educativa diferente … no mínimo, parecida à que têm os “filhos e netos dos iluminados socialistas defensores da Escola Pública”…

É certo que estas escolas estarão limitadas a alguns. Não estão em todo o País e, onde estão, aplicam os seus critérios de selecção. Mas, a alternativa - só escola pública - que é restritiva será melhor? Limitar a escolha só porque nem todos podem chegar lá? Claro que não. Como em tudo na vida.

Assim, esta opção não retira recursos à Escola Pública, pois cada aluno que sai para uma escola alternativa leva, com ele, menos recursos que os inibidos na escola de origem pela sua ausência; alarga a diferenciação, diminuindo a ditadura da escola pública; motiva à qualidade desta, por concorrência e aumenta a liberdade de opção, alargando a mais famílias as opções que, até agora, se limitavam a uns poucos (onde se incluem os “filhos e netos dos iluminados socialistas defensores da Escola Pública”)…