As eleições do dia 5 estão, claramente, transformadas num referendo:
Segundo o PSD, mais do mesmo ou a mudança
O PS esteve quase 15 anos no poder. Sempre em crescendo de dívida. Mas bastaram os últimos 4 anos, onde todos os limites admissíveis para a dívida externa foram cavalgados, para nos levar (quase) à bancarrota. E só não chegamos lá (a data agendada era Junho próximo, quando o Governo ficaria sem dinheiro para pagar os encargos da dívida pública, salários e pensões e quando os Bancos entrariam em falência), porque o chumbo do PEC4 aconteceu e desalojou Sócrates da sua teimosia. Uma teimosia que só servia para adiar, à procura de uma razão, de um motivo que branqueasse as culpas socialista (que eram todas).
A verdade é que, nessa altura a dívida já era proibitiva, o défice estava descontrolado, Portugal estava fora dos mercados e vivíamos à conta dos fretes de Constâncio no BCE que emprestava aos Bancos portugueses que iam fazendo de "mercados" no teatrinho dos leilões da dívida. O PEC4 era ... o quarto e outros se seguiriam. Os juros já tinham ultrapassado o limite máximo de 7% de Teixeira dos Santos e Sócrates insistia que não era precisa ajuda externa. O que foi logo contrariado semanas depois. Eram - mesmo - precisos 78 mil milhões, nada mais, nada menos que o valor da dívida que os Governos de Sócrates acresceram à anterior.
Segundo o PS, a destruição do Estado Social em vez da segurança
Aqui e ali, ainda remanescem algumas referências ao PEC4 e à “culpa” de quem desencadeou uma crise política… Mas, como esta ideia foi rápida e irremediavelmente anulada nos círculos dos razoavelmente entendidos, o PS, agora, só insiste nela junto dos eleitores menos elucidados. Contando com a sua ingenuidade e receptibilidade a sound bytes. Que, sabem eles, ainda “colam” a muitos, que se mantêm crentes que, no referente ao Estado Social, a esquerda dá e a direita tira. Uma mentira repetida muitas vezes para criar uma ilusão socialista. Alguns acreditam e eles apostam nisso.
O PS diz defender o Estado Social. Infelizmente, o Estado Social do PS é o que assistimos: cortes nos abonos, nas pensões. Nos subsídios, nos ordenados. Aumentos das taxas moderadoras, cortes na Educação e Saúde. Menos serviços e mais caros. Portagens e aumentos de impostos. E ainda não chegaram os efeitos do Memorando. Ainda falta a ressaca. Dar de mais é tão mal como tirar. Pois conduz à dependência. Foi o que aconteceu. Alguns estão iludidos e acham que o PS poderá continuar a “defender” este Estado Social. A dose diária. Já não pode. Já cortou e já assinou o Memorando. O Estado Social socialista morreu. Foi um Estado Social Suicida. Uma situação impossível tal como é o Programa do PS: mais do mesmo que só nos conduzirá (ainda mais) ao fundo do poço.
O Estado Social necessário é o Estado possível. O que não mata a economia sugando-lhe cada vez mais recursos até que (a galinha dos ovos de ouro) morra. Um Estado Social Sustentável. O que defende o PSD.
O melhor Estado Social é aquele que assegura mais e melhores serviços sociais. Prestados pelo Estado, pela Sociedade Civil, pelos Privados. Isto não é privatizar. É juntar todos tendo em vista objectivos comuns. Mais farão sempre melhor.
O Estado socialista, isola-se nessa tarefa. Pelo que será sempre mais do mesmo. Ou seja, como vemos, cada vez menos...
Sendo assim, a eleição de 5 de Junho, sendo referendária, será decidida nos Distritos que elegem menos deputados. Onde a votação nos partidos distintos do PS e PSD serão votações absolutamente inúteis. Onde urge entender o voto útil. Para desalojar Sócrates.
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