maio 25, 2011

Empréstimo FMI Juros, castigo e despesas administrativas

Foram divulgadas as condições de empréstimo a Portugal. No que se refere a uma primeira tranche que evitará a bancarrota já em Junho. O que só foi possível com o afastamento de Sócrates, através do chumbo do PEC4.

Claro que a necessidade deste empréstimo (e todas as medidas de austeridade que a ele estão directamente associadas) deve-se à desgovernação socialista dos últimos anos.

Foi explicado que o MEEF financiou-se a 3,53%, que Portugal pagará 2% de spread ou penalização, a que se acrescem 0,15% de custos administrativos. Num total de 5,68% a suportar pelo Orçamento de Estado (pelos contribuintes portugueses, através da aplicação das medidas do Memorando) nos próximos 10 anos.

Questões:

Para quem irão os 2% de "castigo"? Serão 1,56 mil milhões face aos 78 mil milhões de empréstimo total previsto.

E serão lícitos 0,15% de custos administrativos? Serão 117 milhões...

Porque não há instrumentos que permitam que investidores internos, incluindo a população em geral, possa canalizar - facilmente - alguma poupança (agora que se tornaram inúteis as aplicações PPR no referente aos benefícios fiscais) para este efeito? 

É certo que estão disponíveis os Certificados do Tesouro. Mas porque não criar uma ferramenta ainda mais simples, via sistema bancário, tão acessível como os depósitos a prazo? Afinal, os bancos também se financiarão sobre aquelas tranches e sobre aqueles empréstimos...

Porque não transferir para os pequenos aforradores portugueses aqueles 1,56 mil milhões, sem considerar os 3,53% (custo do dinheiro no mercado que, actualmente, remunera as poupanças internas)?

E assim, transformando uma parte da dívida externa em dívida interna?

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