A destruição do Estado Social e a fúria privatizadora é um dos maiores logros que a máquina de Sócrates tenta lançar sobre as intenções programáticas do PSD.
Assim, tenta capitalizar votos no grupo que, em 2009, mais foi beneficiado pelas medidas do PS, no processo pré-eleitoral. Esse grupo está saudoso desses tempos e vê criada uma expectativa que - não quererá saber - não terá futuro.
O PS deu e já tirou. Ganhou as eleições e já cortou nos abonos, nas pensões. Nos subsídios sociais, nos ordenados. Congelou progressões nas carreiras públicas. Aumentou as taxas moderadoras, fez cortes na Educação e Saúde. Um Estado que assegura, agora, menos serviços e mais caros. Que criou novas portagens e aumentou os impostos. Fechou escolas e maternidades, sem criar alternativas válidas. E vem aí bem pior, com o Memorando FMI...
Sócrates sabe que não vai dar, mas basta-lhe criar a ilusão, promovendo a mentira, de que o PSD vai tirar.
As processos de concepção do Estado Social traduzem-se e distinguem-se, facilmente nas seguintes expressões:
Estado Social (PSD) = Sector Público + Sociedade Civil + Sector Privado
Estado Social (PS) = Sector Público
Todos sabemos que o Sector Público enfrentará alguns anos de grandes dificuldades. Basta ler o MoU, assinado sem reservas por Sócrates. O PSD conta com a Sociedade Civil para o ajudar na tarefa de salvaguardar o Estado Social. O que justificou a escolha do cabeça de lista por Lisboa. É sempre melhor ter o Sector Público + Sociedade Civil + Privados a trabalhar pelo Estado Social do que, teimosamente, negar essa ajuda complementar e se fincar num Estado que está totalmente fragilizado nesse seu dever, por falta de recursos.
É necessário repetir e voltar a repetir: o PSD defende o Estado Social. Mas um Estado Social Sustentável. Um Estado Social suportado por 3 pilares, mais equilibrado e eficaz. O PSD não privatiza, mas chama à colaboração os privados. Não reduz, mas soma. Mais ajudas, não serão nunca demais para assegurar a estabilidade e a coesão social, fundamental para enfrentarmos as dificuldades que aí vêm.
O PS criou um Estado Social Suicida. Deu (para ganhar as eleições de 2009) e tirou logo a seguir. Um Estado Social apenas suportado pelo Sector Público, que está fragilizado, não terá sucesso. Negar outros apoios, como faz o PS, será o continuar simples das políticas actuais. Que se revelaram ruinosas.
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