março 19, 2020

COVID 19 No início, em Portugal


Por favor, não leiam isto.
Não sou fonte segura.
Não sou virologista, cientista, nem técnico de saúde.
Nem seque sou matemático ou estatístico.

Considero-me alguém atento e com alguma capacidade de usar a lógica. Que junta peças e emite possibilidades. Que nada valem sem que os entendidos as avaliem, as quantifiquem e as possam (ou não) validar cientificamente.

Por vezes, de fora, consegue-se uma leitura diferente. Uma visão de helicóptero. Uma outra abordagem. Não forçosamente nova, mas que, por reunir dados daqui e dali, dispersos, que valem pouco isolados mas, que juntos, podem convergir para algo mais.

Estamos numa guerra. Já muitos disseram. Numa emergência. Todos os recursos e cientistas estão focados aí. O que torna difícil que haja tempo e interesse para essas outras abordagens.

Então, aqui vai:

1º O vírus passou do (de um) animal para o homem. Agora, nada a fazer. Para o futuro, teremos, como prevenção, conhecer como esse processo se faz, evitando os hábitos que sejam identificados como causadores de tal situação.

2º Vamos ter que viver com ele. O que se espera é que passe a ser, no futuro, mais uma infeção sazonal, protegida por uma vacina. Mas isso é para a próxima vez. Por ora, temos um vírus novo, face à humanidade com imunidade zero face à ameaça. Até à vacina estar pronta, teremos que gerir esta situação o melhor possível. E prepararmo-nos para o seguinte que poderá ser bem menos “simpático” que este, até para com os indivíduos saudáveis…

3º Parece evidente que este vírus é de extrema e fácil contaminação. Não há como evitar que “toque” em todos e passe por toda a população, sem distinção.

4º Não parece que seja razoável aferir o número de infetados ou ex-infetados (agora imunes) pelos registos públicos de quem testou positivo. Haverá muitos mais, sem sintomas ou com sintomas residuais, não testados. O que pode enviesar conclusões matemáticas e tornar incomparáveis números de um país (onde se testam muitos) ou de outro (onde tal não se faz). A base é diferente, os rácios também o serão.

5º Este vírus não será grave para os idosos, per si. É grave para quem o sistema respiratório algo, mais ou muito comprometido. A isto, junta-se, também, o peso do cigarro, a capacidade do sistema imunológico e/ou as alergias de cada um, tudo com reflexos na respetiva capacidade respiratória.

6ºO que nos leva a algumas possibilidades: há um grupo (felizmente grande) sem problemas respiratórios, imunológicos e de alergias e não fumador, que será infetado e imunizado sem sintomas. Seria importante avaliar infetados saudáveis como desportistas profissionais, desportistas com mais de 60 anos e crianças para se entender o curso da sua infeção. Que sintomas? Que evidencias haverá se assintomáticos? Inibição rápida do vírus? Quão contagiosa? Aqui serão 14 dias? Talvez seja bem mais rápido…

7ºPorque daqui poderíamos tirar excelentes conclusões: que os médicos e elementos das forças de saúde e segurança mais saudáveis e jovens poderiam estar na linha da frente, sem grandes problemas… reservando os outros para uma segunda linha onde serão (pela sua experiência, também importantes). Aqui incluiria os elementos com formação na área da saúde, agora reformados e que se apresentaram como voluntários…

8ª Poderia ser importante o papel dos ex-infetados, já imunizados, junto aos doentes do momento. Não só os técnicos de saúde. Mas todos. A linha da frente poderia ser apoiada por um batalhão de voluntários que já ultrapassaram o processo. Num qualquer hotel vazio. A fazer o que fosse possível, com a população de risco ou com os doentes sem já o incómodo e a dificuldade de ter que lidar com fatos de proteção.

9º E o seu plasma, poderia ser elemento importante. Mas isso é já é matéria de outro âmbito e área de saber que não me atrevo a sequer entrar.

10º Voltando atrás, o caso dos fumadores. Estão à espera de quê para largar o cigarro? Na China apurou-se uma taxa de mortalidade de 2,8 para os homens (metade fumam) e de 1,7 nas mulheres (só 2% fumam). Se estes dados forem aproximados da realidade e se fosse só esse o fator diferenciante, fumar elevaria 230 por cento face aos não fumadores, a possibilidade de sintomas graves e mortalidade…

11ª Pela positiva, de forma inversa, os desportistas (independentemente da idade) terão capacidades respiratórias acrescidas. Estarão possivelmente, mais salvaguardados. Será?

12ºHá informações dispersas que colocam hipóteses sérias de que 20% a 30% não serão infetados e que dos restantes, 80% nem darão por isso. Serão aqueles com situações normais no que respeita aos sistemas respiratórios e imunológicos atrás referidos. Que dos 20% restantes, 3/4 terão sintomas semelhantes a uma gripe mais ou menos acentuada (sendo corridos a paracetamol); e que os restantes, com sintomas mais acentuados, podem precisar de hospitalização. Destes, alguns necessitarão de cuidados intensivos, outros de ventilação forçada. Destes últimos, alguns falecerão.

(nota importante: não considerem os números pois são apenas sugestões, sem qualquer validação de qualquer tipo)

13ªFace a isto, apenas entram nos sistemas estatísticos e nos registos públicos, os últimos. Os primeiros ou nada sentem ou, sentindo, são enviados para casa a paracetamol… Nunca entrarão nas estatísticas, muito menos nos países em situação de pico (estão a focar nos casos graves) ou onde não há condições ou possibilidades (de qualquer tipo) de fazer tais análises em quantidade razoável (como se fez na Coreia do Sul).

14ª Como abordar a situação de emergência ou pré-emergência: primeiro identificar corretamente os grupos de risco e isolá-los. De forma séria e efetiva. Depois, procurar garantir a imunidade do resto da população. Quanto mais rápido tal suceder, mais depressa isso acontecer, com essa maioria, os primeiros poderão estar mais seguros…

15º É evidente que nenhum País ou sociedade (a sua economia) consegue estar parada e fechada por muito tempo. Daí que as medidas de fechamento só terão validade se forem provisórias e rápidas, para atenuar a curva do impacto sobre os sistemas de emergência e permitir uma atuação capaz e mais eficaz dos sistemas de saúde. Também para ganhar tempo acreditando num fármaco salvador. Mas de pouco servirá se não imunizarmos uma grande maioria da população, cortando a “via rápida” ao vírus… Pois, se não, teremos que ficar “fechados” um tempo impossível para a nossa subsistência.

16º Usar ou não usar máscaras e luvas? Sim, para todos os indivíduos dos grupos de risco e para todos os outros quando em contacto com os mesmos grupos de risco…

17ºE aqui que nos passamos a focar nestes grupos de risco: terão que se resguardar de forma muito mais acentuada. São esses que deveriam estar confinados por lei e de forma muito mais efetiva. E são esses que precisam de mais apoio. Não de saúde (porque chegados aí será bem mais complicado) mas logístico: alimentação, atividade intra-muros, companhia (mesmo que on-line).

18ª Com estas noções clarificadas (se validadas) e separados os grupos de risco, dos outros, poderia ser possível baixar níveis de ansiedade (que estão generalizados) da maioria saudável. Não para reverter e retomar as atividades de lazer (que se devem manter encerradas) mas, pelo menos, para assegurar a manutenção e o curso mínimo regular da economia. O que é de sobremaneira importante, mantendo a produção, as linhas de fornecimento e a sustentação necessária de uma sociedade suspensa…

19º Os governos não terão outra solução: precisão de injectar dinheiro na economia. Em massa, impedindo o colapso de empresas e a perca de rendimento das pessoas. depois, simples: durante X meses, pagar tudo isso com um acréscimo extraordinário do IVA, que suportará o défice e reequilibrará a Segurança Social. Não há outra opção.

20º Finalmente: vamos passar por isto e, chorando sobre quem não passará incólume por esta situação, teremos que caminhar para uma fase melhor. Nada será igual e a(s) sociedade(s) serão reorganizadas de uma forma diferente:

Menos global e mais local, aproximando a produção e reduzindo cadeias de transporte e dependências longínquas;
Onde a fiscalidade se simplificará, concentrando no IVA a recolha das contribuições fiscais e sociais, eliminando IRS, IRC e taxas sociais que são sobrecarga e motivo de menor capacidade concorrencial da produção local face à global.  
Onde os Estados terão de deixar de querer fazer tudo e passarão a se focar na fiscalização do que é corrente e nas excecionalidades (como esta).
Onde o turismo de proximidade ganhará força em detrimento das viagens longas em que se atravessa meio mundo, que dimensionaram um sector (a aviação de longo curso) que, agora, poderá colapsar.

Terminando, repito o que referi do princípio: não interiorizem nada do que aqui foi escrito. É pura especulação. Não tem sustentação científica nem sou fonte segura.

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