Está em andamento um processo que
levará a que um grupo que representará cerca de 20% do eleitorado capture, pelo
menos durante 4 anos, os votos – e o poder por eles investido – de mais de 50%
dos votantes em Portugal.
É um grupo único, com a mesma
agenda e base ideológica que se divide entre o PS e o Bloco.
Separa-se numa hipotética clivagem,
na prática inexistente, no ponto denominado por Cristas como esquerdas
encostadas. É que não estão encostadas porque nem se separam. Têm exatamente as
mesmas bases e agendas ideológicas. De esquerda caviar. Mas, pela primeira vez,
estão prestes a tomar o poder absoluto em Portugal, para a execução da referida
agenda. Que estatizará o país e colocará em polvorosa a sua economia,
nomeadamente a privada.
A geringonça é uma brincadeira de
crianças, pois foi ainda controlada por parte do PS moderado. Juntamente com o
tal grupo de esquerda dura, que trata e tem tratado do entendimento com o
Bloco.
Mas, isso está a acabar. O tal
meio-grupo, que se situa – por interesse – na esquerda do PS é quem realmente
lá manda e, estrategicamente, colocou-se á margem nesta fase pré-eleitoral.
Costa, nessa estratégia, virou-se contra o Bloco, ignorando o PSD. A ideia é dar a sugerir que há briga com o
Bloco e que o PS é moderado. E, assim, conquista votos à direita, à custa do
PSD. Mesmo que isso custe alguns votos à esquerda, para o Bloco.
Ora, para o grupo do PS à
esquerda, isso é pacífico e até interessante. E não desejam sequer maioria
absoluta pois isso passaria o poder para o PS moderado que agrupa muito mais
gente.
Não. Ao contrário do que pensa
Rui Rio, o PS que manda mesmo, é o da esquerda, e este não quer a maioria
absoluta: Dá-se muito bem com o Bloco, até quer que este cresça, mesmo à custa
do PS, desde que tal perda se compense à direita, esmagando o PSD.
Assim, sem maioria absoluta, o PS
precisará do Bloco que imporá a sua agenda que … é a mesma do tal grupo forte
do PS radical de esquerda. Aí, sem maioria absoluta, mas bastando o BE para tal,
voltará a mandar, baseado na relação com esse partido e “aceitando” (com
agrado) as medidas radicais de esquerda que se imporão na negociação
pós-eleitoral entre o PS e o Bloco. Passando para a realidade a agenda do Bloco
(que também é a deles, sub-repticiamente).
E assim, os votos do PS moderado
e até aqueles que serão conquistados à direita, no eleitorado confundido, que
seria normalmente votante do PSD, serão capturados por essa minoria radical de
esquerda para impor tal agenda.
Um processo de Assalto ao Poder
que – aparentemente – poderá ter sucesso.
Uma situação em que 50% dos votos
serão usados por 20% para impor uma agenda oposta aos interesses à esmagadora maioria
dos portugueses. Que verão a sua sociedade estatizada e toda uma economia livre
e privada ser esmagada em quatro anos.
Como se chegou a isto? A uma
possível venezuelização do País?
Um PSD distraído, um PS – que é
moderado – que se vendeu à sua margem de radicais de esquerda a troco do “estar
no Poder”.
Centeno não vai prosseguir porque
não se sujeitará ao descalabro que aí vem. De que ele será também responsável.
Pois não é possível adiar mais o investimento público, a economia está em queda,
a balança económica entrou em défice, a dívida não reduziu um milímetro, não se
fizeram reformas, o turismo não vai crescer sempre, o contexto externo está em
início de recessão e … vem mesmo aí o diabo.
Ora, gerir a vinda do diabo com
os radicais de esquerda a gerir o País…
Temos o caldo entornado…
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