julho 08, 2013

Crise ultrapassada

A crise política está ultrapassada.

Infelizmente, tudo isto poderia ter sido realizado por detrás da cortina, resultando numa simples e necessária remodelação governativa com nota de alteração de políticas. 

Não foi assim. Algumas personalidades não o permitiram. Todos perderam com isso.

Quanto a Seguro, o seu drama é ninguém ter achado que as eleições conduziriam a alternativas positivas. E isto sem contar com o facto de, com essa solução, nos arriscaríamos a incumprir, de imediato, com os programas acordados com os credores. Somando a isso 5 meses sem governo e o adiamento do orçamento 2014, nada de bom daí poderia advir.

Apesar das trapalhadas evidentes, enquanto se entenderem as comadres, o Governo deve ser mantido até ao fim da legislatura pela qual tem o mandato democrático dado pelas eleições.

Seguro não consegue que lhe dêem importância (a menos da que lhes dão os socialistas, sempre com os seus, nem que seja pela "paulada" prometida a quem com eles se mete). A verdade é que a colagem a Hollande não vingou (a sua referência de há cerca de um ano) e a sua insistência no fim da austeridade soa a demagogia pura.

A verdade é que foram os socialistas, os seus governos e políticas que nos levaram ao abismo onde nos encontramos e que negociaram o memorando onde se estabeleceram as metas - que não foram atingidas - mesmo indo mais fundo com os remédios ali anotados (o já batido "ir mais longe que a troika").

O PS é culpado pelo buraco em que hoje vivemos. O actual Governo é culpado por não nos conseguir tirar desse buraco. Que são culpas com um peso de responsabilidade muito  distinto. Até porque resta saber se era exequível a saída desse buraco até onde o PS o cavou. Mais a mais, limitado, no processo de ajustamento, pelo memorando de Sócrates.

A austeridade é necessária e vai ter que ser mantida. Mesmo que Tó Zero ache que não (já Hollande dizia que não). 

Simplesmente, há muita mudança necessária, a concretizar. Pois esta (austeridade) é necessária mas não deve ser destrutiva.

Sem comentários: