julho 24, 2013

Crise resolvida II

Afinal, foi necessária mais uma semana.
Tempo perdido?
Talvez não.
O Governo sai mais forte. O PS mais contido na sua ambição cega pelo poder imediato sem consideração pelos interesses do País.
Sem acordo triplo, ganhamos uma alternativa menos má, para um próximo governo, distinta dos anacrónicos CDU e BE) .
Resta saber se vamos alterar algumas políticas ... não tendo dúvidas que a austeridade é para continuar (e só pode continuar).

Seguro foi para as negociações ... não negociar. Afinal já tinha garantido a Alegre que não cederia em ponto algum. Ou seja, por muito que PSD e CDS fizessem a sua parte, a sitio nenhum se chegaria.
Mas, assim, com o PS "de canto", a CDU e o BE terão mais dificuldade em crescer por via da insatisfação geral, absolutamente natural num período "formiga" em oposição ao período "cigarra" da governação anterior.

Alguns problemas:

Se o sucesso deste "novo" Governo se vai medir pelo crescimento económico e pela descida do desemprego, é tarefa impossível. 
Podem desistir já.
A verdade é que Sócrates e o PS deixaram o País em queda livre, a partir de um penhasco bem alto.
Este Governo conseguiu abrir um para-quedas e travou a queda. Se conseguirmos chegar ao fundo sem grandes "feridas" isso já seria excelente. Mas, voltar acima, ao "promontório das ilusões" onde o PS nos levou e de onde nos lançou no vazio... isso é outra ilusão.

"Quem acredita no crescimento económico nos Países desenvolvidos é louco ou ... economista".

A Alemanha gosta deste modelo. As contas recuperam (mesmo) mas o desemprego cresce. Exactamente à medida das necessidades alemãs (de imigrantes) nas suas indústrias. Em substituição de outros, de outras origens, culturalmente mais "distantes" (leia-se, muçulmanos) e por isso, mais desinteressantes pois potencialmente mais preocupantes, para a soiedade ocidental, num futuro próximo.

É por esta razão que estamos a ser "massacrados" com o desemprego. Com a saída da nossa juventude (e do nosso futuro) para as fábricas alemãs, os custos sociais (subsídios de desemprego) decrescem e as contas voltam ao equilíbrio...

Assim, ajustamos (em baixa). A ideia de uma crise em U, V ou W é uma ilusão a erradicar. Estamos num ajustamento em L (se possível)...

Não gosto desta solução. Preferia manter por cá a nossa juventude. Pois é o nosso futuro. Daí que teremos que dizer não a esta política e esperar que este "novo" Governo também seja capaz disso.

Se temos 100 horas de trabalho que valem 1000 Euros, será preferível:

1)Ter 10 a trabalhar e a ganhar 100 euros (mais 2 desempregados a receber 50 da Segurança Social e a participar em ações de rua contra a polícia) ou, em alternativa,
2)Ter 12 a trabalhar e a ganhar 80?

É por isso que a grande alteração de política a realizar é na gestão do trabalho. Pois não haverá - mesmo - crescimento económico, logo, não haverá mais trabalho. Assim, não só não se recuperarão os empregos perdidos, como mais empregos se vão perder. Para a Alemanha?

A redistribuição do trabalho é a medida certa - para o País - no momento actual... LER AQUI.

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