abril 09, 2012

Restrições - erradas - à reforça antecipada

Em linha com as políticas e medidas anteriores - erradas - no que respeita ao trabalho, produtividade e emprego, o Governo determinou a suspensão da prerrogativa de reforma antecipada para os trabalhadores do sector privado.

Em princípio, se as regras estão bem-feitas (se não estão, corrijam-nas por favor) e o sistema equilibrado (foi isso que nos venderam há poucos anos atrás) quem se reforma antecipadamente paga essa opção, através de um ajuste no valor a receber. Daí que, retirando o facto do acesso a essa reforma se fazer antecipadamente, não viria daí nenhum mal ao sistema e à sua sustentabilidade.

O problema é que o sistema será - na realidade - um saco roto onde todos os recursos se “esvaem”…

Menos reformas antecipadas significarão (ainda) menos emprego para outros. Nomeadamente para os jovens. Pois os empregos manter-se-hão ocupados por mais tempo. 

E tudo isto em linha com as outras medidas - erradas – tomadas antes e que concentram (aumentando até) o cada vez menos trabalho disponível em cada vez menos pessoas.

Depois, assistimos à troika a manifestar estranheza quanto à evolução dos números do desemprego. Ora, estranheza haverá se dentro de alguns meses não estivermos a roçar os 18% e a caminhar para um panorama “espanhol” no que respeita a esta matéria.

E seguem este caminho iludindo-se com o facto destes - cada vez - menos trabalhadores que se mantêm empregados, passarem a produzir mais, pelo mesmo rendimento. A verdade é que o País, no seu todo nada ganha com isto. Pois, havendo menos trabalho disponível, de nada adiantará que uns quantos sejam sobrecarregados enquanto cresce o exército dos desempregados.

Tudo aponta para que seria uma muito melhor solução (inversa da actualmente seguida) em que o trabalho disponível seria melhor distribuído. Com o devido ajuste remuneratório

Sem necessidade de haver menos feriados, menos férias, mais horas e dias de trabalho. Reformas mais tardias e impedimentos na sua antecipação. Apenas trazendo mais gente para a produção, distribuindo o trabalho de forma mais justa…

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