outubro 18, 2011

Van Zeller ajuíza bem


"...no final, só as empresas mais robustas vão sobreviver."
"Estão em perspectiva despedimentos, devido à necessidade de reestruturação das empresas"
"... vão ser exigidos muitos acertos nas indústrias e empresas, infelizmente pela via do desemprego".

São estas opiniões que reforçam a nossa ideia. Que é objectivo (não declarado) do Governo, facilitar e provocar o desemprego. Com várias consequências. Umas melhores que as outras:

Um mercado mais eficaz, limpo das empresas ineficientes, que, desaparecendo, libertam negócio para as empresas concorrentes que, assim, não só podem sobreviver, como crescer (e absorver parte do emprego perdido com as primeiras).

Um impulso (benefício) acrescido às empresas que crescem (e talvez não necessitassem desse choque). A estas servirá a meia-hora a mais, pois terão mais 7% de crescimento garantido sem ser necessário empregar. À custa dos seus trabalhadores (e suas famílias).

A morte de muitas empresas, no meio termo, que podiam ser "salvas" e viabilizadas com base num simples ajuste (à menor procura, na actual economia recessiva), em baixa, do custo da sua mão de obra (que é custo fixo) evitando o seu encerramento e muito desemprego: a flexibilização do horário de trabalho (unidade de trabalho) até as 6 horas diárias, com a correspondente redução da remuneração. Para estes, e para quem empregam, mais meia hora de nada serve...

Um enorme crescimento de despesa social para suportar a nova vaga de desempregados, inevitável, se não se quiser arriscar a entrada num período de desordem social que poderá ser incontrolável.

Boa ou má, é uma opção.

Que não inviabilizaria a proposta acima, no que respeita à flexibilização da unidade de trabalho (redução até as 6 horas com corte correspondente da remuneração).

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