A Comissão Europeia começa por achar que haverá ali ajudas públicas
sem sentido. E vai investigar. Pior que isso, o buraco poderá consubstanciar e ser a soma de uma miríade de buracos ávidos de serem tapados com
dinheiros dos contribuintes.
A questão é simples:
Aproveitando o buraco
mãe, não terão sido para ali canalizados todos os maus negócios financeiros
públicos dos últimos anos?
A resposta é mais simples ainda:
Elabore-se a lista dos créditos não reembolsados dos últimos
15 anos, superiores a 5 milhões de euros (ou 1 milhão de contos): para quem, para quê e autorizado por quem.
Não contam nomes herméticos de empresas sediadas em
off-shores. Queremos os nomes por detrás delas ou quem os veio negociar. Segredo
bancário? Isso não conta para créditos não pagos. Ou melhor, pagos por nós…
Claro que muitos dos buracos que dessa maneira seriam
detectados incluirão negócios (buraquitos) mais pequenos absolutamente legais
que originaram mais valias – bem distribuídas por muitos – também sem qualquer ponta
de ilegalidade.
Por exemplo, se a um tipo qualquer, responsável (ou irresponsável)
pelo Banco, se atribui uma quota-parte de 50 milhões no buraco total e depois
se vem a saber que vendia acções a metade do valor de mercado… poderemos
concluir que um qualquer buraco (negro) será a soma de muitos buracos (branqueados).
O Dr. Tavares Moreira, no blog Quarta República defende um Livro Negro do BPN. Considero ser essencial essa clarificação para que seja
possível acatar com menor dificuldade todos os esforços que a dívida nos exige…
Mas não nos iludimos.
Pois é mais que evidente a opacidade da situação e a tentativa do seu encobrimento.
Pois é mais que evidente a opacidade da situação e a tentativa do seu encobrimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário