E isto é válido para o Estado, Empresas e Particulares.
Entretanto, os bancos têm que se recapitalizar. E, por isso, não
conseguem libertar liquidez para a Economia.
Por outro lado, a liquidez resultante da poupança que se vai
criando paulatinamente, sai do País. Porque está em défice a confiança e ninguém
arrisca a aplicação dos seus excedentes, em títulos de dívida soberana nacionais
ou até em depósitos em bancos com notações “lixadas”.
Neste ambiente, haverá consequências negativas.
Que serão os efeitos da cura…
O sector automóvel, em Portugal é, principalmente, comércio
de viaturas importadas. Se queremos (e temos) redução de importações, este
sector sofrerá. Menos comprarão e muitos adiarão a compra.
O sector da restauração também sentirá efeitos negativos. As famílias
retraem-se no que podem e comer fora é
uma das primeiras coisas a abater… É verdade que o aumento do IVA terá consequências.
Mas não tantas como se quer fazer crer. Os restaurantes terão que repercutir
esse aumento nos seus menus, a menos do que poderão poupar na redução da TSU
(que terá todo o sentido de ser aplicada já, aqui).
Alguns restaurantes poderão ter que despedir face à procura que cairá. Outros fecharão. Desejavelmente os menos preparados,
menos adaptados e menos procurados. Estes encerramentos serão um balão de oxigénio
para a concorrência na zona. Esses restaurantes que resistirem poderão reequilibrar a respectiva procura e a
sua situação financeira. O cumprimento das regras fiscais terá de ser assegurado. Mais fiscalização e penalizações mais acentuadas terão de ser implementadas.
Não podemos esperar é que se obtenham ganhos nas
balanças comerciais e financeiras, que todos ajustem o que consomem ao que
ganhem e, ao mesmo tempo, a Economia cresça.
Não pode ser assim e não será
assim.
A Economia cairá e o nível de vida da população também.
E – esperemos – se deverá ajustar à produção. Garantindo equilíbrios.
E aí, sim. Depois de cair, a Economia poderá voltar a
crescer. Mas nessa altura, aprendida a lição, de forma sustentada: na produção
e não no endividamento.
Endividar-se mais, para ir à procura de crescimento foi uma
opção que durou mas que não vingou. Apenas nos trouxe até aqui…
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