agosto 02, 2011

EUA adia o inadiável

Foi atingido uma acordo.

Que vai permitir aos EUA um aumento do tecto de endividamento. Para 17 milhões de milhões de dólares. Uma imensidade. Logo, os mercados reagiram positivamente e baixaram os custos do prémio de seguro de incumprimento da dívida americana.

Veja-se a incongruência: os EUA asseguraram o pagamento das suas dívidas porque - e apenas porque - aumentaram o limite para pedirem emprestado...

Apesar de ridicularizado pela imprensa mundial, parece que é apenas o Tea Party que vai mostrando algum realismo: é necessário "descer à terra". A situação é insustentável e o que se passa nos EUA é o mesmo que se passou (e se passa) em Portugal. Com uma colossal diferença: o "mesmo problema" dos EUA é cem vezes maior...

Se nós temos dimensão para sermos salvos, nada pode salvar os EUA...

Quanto aos custos de financiamento das dívidas soberanas na Europa, depois de uma pequena queda, voltaram logo a aumentar. O que foi uma reacção óbvia a uma nova situação: de um momento para outro, foi criada uma nova procura por 2,1 milhões de milhões de dólares. O dinheiro não estica e se vai para lá, não vem para cá. Ou, se vem, vem bem mais caro...

Mas nada disto é certo...

Haverá quem esteja disposto a colocar ali - nos EUA - mais 2,1 milhões de milhões das suas reservas ou poupanças? 
Mesmo com ratings (com que critério terão sido calculados) a triple A?

E se, por acaso, quem se espera que coloque essa brutalidade de dinheiro (China, Japão, Brasil, Índia), em vez de o fazer, começar a retirar o que já lá tinha metido, salvaguardando-se do inevitável?

Mais cedo ou mais tarde esse inevitável terá de ser enfrentado...


Putin já vai dizendo que os EUA são parasitas da economia mundial...

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