junho 23, 2011

Mário Nogueira e o sindicalismo docente face a Nuno Crato

Conhecido o nome de Nuno Crato como novo ministro da Educação, logo Mário Nogueira veio a público com os seus “avisos à navegação”.

Avaliação e Desburocratização

Nada de mais:

Quanto à avaliação docente, o usual. Vão passando a mensagem que querem ser avaliados, mas negam e renegam todos os modelos que lhes são colocados à frente. Obviamente não querem avaliação nenhuma. Quanto a isto, tudo dito.

Quanto à desburocratização do trabalho do docente, para além da que deriva dos modelos de avaliação, até poderemos concordar. Quanto menos melhor, para que os professores se possam dedicar mais a … ensinar.

E a solução é simples. Desde que se introduza uma nota prévia: os tempos que correm não estarão para quem queira trabalhar menos ou a ganhar mais. Mesmo quando há força de grupo e sindical, para entrar nessas guerras. Pois não há moral social compatível com esse processo reivindicativo. Principalmente quando os docentes portugueses apresentam níveis remuneratórios relativos muito para além dos seus colegas de outros países.

Haverá, sim, lugar a uma luta por não haver despedimentos e recuos remuneratórios. Mas, face à situação económica do País, isso deve ser atingido com base e por troca de mais trabalho e mais produtividade.

Os professores terão burocracia de mais no seu trabalho.

1º Avalie-se essa burocracia: é toda necessária? Se sim mantenha-se, se não, elimine-se.
2º Poderão outros (funcionários administrativos) fazer esse trabalho?

O trabalho administrativo necessário que possa ser feito por um funcionário administrativo passaria para este.

A cada 5 professores seria alocado um funcionário administrativo. Para executar essas tarefas. Em troca (como se escreveu atrás, menos trabalho é coisa impossível de decidir nos dias de hoje) os docentes, libertos daquelas funções administrativas, assumiriam mais umas horas de aulas semanais. Mais 4 horas.

Claro que o resultado final poderia ser de menor agrado sindical. Pois, dessa forma, o trabalho administrativo que estava nas mãos de docentes passará para as mãos de outros. O que terá um efeito global de redução de trabalho concretizado por docentes. Ou seja, serão necessários menos docentes ao sistema.

Pelo que, para os sindicatos, apesar de responder às suas exigências, será mais uma medida a … combater.

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