Já vimos que este assunto começa a se parecer com um tiro nos pés. Do PS.
Como demonstrou Louçã, o Governo aceitou mexer na taxa social única (através da assinatura incondicional do Memorando FMI) mas, mais que isso, disse que se dispunha a uma “grande” alteração (Carta enviada à Comissão Europeia). E as três possibilidades de compensação estariam designadas, tanto no Memorando como na Carta. Daí que… porquê o ataque ao PSD?
Por outro lado, há mais um dado a considerar: a redução da taxa proposta do PSD (até 4%) será de, aproximadamente, 10% da receita.
Considerando que a sustentabilidade da Segurança Social está (estava) garantida (?) e que, seguindo o Memorando, as pensões vão descer (acima dos 1.500 Euros) e congelar. Em 3 anos, a degradação das mesmas, via inflação, será superior a 12%.
Considerando que os subsídios de desemprego vão ser reduzidos (novos tectos), que o prazo de atribuição do mesmo reduz-se a metade e que os desempregados vão responder a maiores exigências na aceitação de empregos.
Será displicente dizer que balançando estes factos, não será necessária aquela compensação (1.600 milhões) pela redução da TSU, sem que haja prejuízo algum no equilíbrio das contas da Segurança Social?
Será que a discussão dos últimos dias terá sido totalmente desnecessária?
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