maio 11, 2011

Sócrates contra Louçã - dívida dos outros?

Portugal não esteve só da criação de dívida disse Sócrates. E deu uma lista de Países. Defendendo-se da acusação de que foi responsável pela mesma. E foi...

A crise internacional de 2008 foi uma crise de bancos e de determinados produtos financeiros que estes comercializavam. Portugal não estava exposto (felizmente) a este problema. Para salvar os seus bancos e os seus depositantes/investidores, os governos dos países atingidos decidiram agir. E sim. Criaram dívida, mas para tapar os "buracos” desses bancos. Utilizando recursos públicos. E essa foi o motivo do crescimento das suas dívidas e dos respectivos problemas orçamentais que, numa economia equilibrada, são resolvidos e ultrapassados em pouco tempo. O que aconteceu…nesses países.

Em Portugal, a situação foi totalmente diferente. O PS vinha a seguir uma política errada. E, chegados a 2008, e perante uma possível derrota eleitoral em 2009, Sócrates agiu. A coberto da crise internacional, que serviu de justificação (sem razão) tratou de gastar sem controlo. Baixou o IVA, aumentou ordenados, criou novas subvenções sociais. Como consequência directa, o défice subiu até aos 10% (e a dívida passou, em poucos anos para quase o dobro). 

Chegou para as eleições mas, infelizmente, também para colocar o País a caminho da bancarrota. O BPN foi apenas um caso acessório que o governo achou por bem (mal para o País) de salvar. Sem nada ter a haver com a crise internacional. E o governo agiu assim, apenas porque era ele (o Governo) o “investidor” do banco que mais teria a perder. Assim, em vez de deixar cair e ser “levado” na água suja do banco, reencaminhou o problema para os contribuintes.

Sim. Outros Países também aumentaram as suas dívidas. Mas numa situação pontual, para cobrir os buracos bancários resultantes da exposição dos seus bancos aos títulos fraudulentos que foram a base da (verdadeira) crise internacional.

Nós aumentamos as nossas dívidas para que o PS pudesse ganhar as eleições de 2009. Arrancando para uma espiral (de défice e divida) que só terminou com a bancarrota e absoluta necessidade de recurso à Ajuda Externa.

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