Disse Sócrates que a crise política criada pela oposição com o chumbo do PEC4 foi inútil e era evitável.
Nada mais falso. A crise política foi ele que abriu. Ele demitiu-se, lembram-se?
Mas, sem esse chumbo, ele não se teria demitido.
Estavamos agora no PEC5 e ainda sob um compromisso impossível de 4,6% de défice.
Os bancos portugueses (empenhados até ao tutano na dívida portuguesa) estariam à beira da falência e já fora dos teatrinhos dos leilões da dívida onde fizeram o papel de mercados, na peça orquestrada por Constâncio (BCE) e Sócrates.
Sem esse dinheiro (que já se pagava a 9%) e sem o empréstimo do FMI, estaríamos apenas a alguns dias do default no que respeita aos compromissos externos... E aí, a bancarrota seria arrasadora. Sem dinheiro para pensões, ordenados e pagamentos a fornecedores.
Daí que o chumbo do PEC4 foi determinante para erradicar a teimosia de Sócrates e abrir a porta à Ajuda Externa que nos trouxe a "almofada" financeira para - pelo menos - ganharmos 3 anos (de enormes dificuldades) para tentarmos a mudança.
Mas a mudança tem de ser total. De opções, de vida, de governantes.
Com os mesmos, não vamos lá.
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