maio 15, 2011

Memorando FMI (3) O que vem já...

Passados estes (quase) 15 anos de socialismo e 6 anos de Sócrates, chegamos ao fim da linha. Da desgovernação, do viver acima das nossas possibilidades, acumulando défices sobre défices e fazendo crescer a dívida.

Veio o FMI e um empréstimo “salvador” que nos dará mais 3 anos para mudar as coisas.
Que custará muito dinheiro em juros, que incluem um “castigo” ao País e que cairá sobre as gerações futuras.

Mas o que vem – mesmo - agora?

Primeiro que tudo, um período negro para todos os portugueses. O ajuste forçado. A que somos obrigados para colocar (o que for possível) em ordem. Por cima dos “cacos” deixados pela governação socialista. Estes anos – próximos – com qualquer governo, serão geridos na base no “colete de forças” impostos pelos nossos credores. É o Memorando da troika deixada como herança ao País, pelo PS e Sócrates.

Assim, o ajuste será pesado para os portugueses. Um vislumbre da situação:

1)Os salários ficarão congelados até 2014. A inflação fará o seu trabalho de redução do rendimento disponível. Considerando 2011, são 4 anos que, numa média de 3 a 4%, provocarão uma queda de 14% no rendimento familiar disponível. As pensões serão alteradas como foram os salários da função pública pelo que, teremos aí a mesma consequência. Ficaremos, ano após ano, mais pobres.

2)O IVA vai ter ajustes e, provavelmente será aumentado. O que nenhum partido assumirá, antes das eleições. Se isso for concretizado, talvez por troca com a baixa da Taxa Social Única, será uma boa medida. Que está prevista no Memorando. De qualquer forma, as pessoas sentirão aqui, também, um acréscimo de “custos”. A que se acrescentam os outros aumentos de impostos. Aumentos “visíveis” e aumentos invisíveis (corte de benefícios fiscais no IRS).

3)Muitos dos serviços e bens mais utilizados (mais relevantes nos gastos das famílias) terão aumentos superiores à inflação. Transportes, Electricidade, IMI vão trazer mais custos.

4)Os serviços públicos vão aumentar de custo. Saúde e Educação à frente da lista. Os apoios sociais já foram cortados.

5)A Euribor vai subir. Continuamente. Não haja ilusões. As mensalidades das habitações vão disparar. Não 5%, nem 10%. Talvez 50%. Em 2 anos…

6)Os funcionários públicos terão (já tiveram) impactos acrescidos. Para além dos congelamentos futuros já tiveram um corte este ano (entre 5% e 10% nas classes médias).

7)As famílias com filhos também serão penalizadas. É sobre estas que recai o ónus das limitações dos benefícios fiscais.

8)As classes médias, que produzem e pagam mais impostos serão forçadas a sustentar a protecção social que possa ser acrescida para as classes mais baixas, não “produtoras”.

9)A recessão e o desemprego vão acontecer, de forma incontornável, a níveis superiores aqueles que nos querem fazer crer.

10)O crescimento é um a ilusão. Pelo menos ao nível de uma qualquer “recuperação” de nível de vida dos portugueses. Só cresceremos se cairmos muito. Uma possibilidade se enveredarmos, mais uma vez, não aprendendo com os erros, por uma via socialista

Não vale a pena somarmos penalizações. Alguns poderão dizer que, na inflação acima anotada estarão incluídos os sobrecustos anotados nos números seguintes. Nuns casos sim, noutros não. Mas não ficaremos longe da realidade se dissermos que, em 2014 vamos ter que viver (em média) com menos 25% do que tínhamos em 2010. Teremos menos rendimento disponível e tudo bastante mais caro. A recessão vai se enraizar e o desemprego crescente tratará do resto, penalizando mais ainda as famílias que nele caírem.

Mas a verdade é que isto respeita apenas a um ajuste normal e previsível, resultante da má gestão governativa do PS. Ao vivermos vários anos 20% acima das nossas possibilidades, caminhamos irresponsavelmente, num mundo cor-de-rosa, para um ponto de já não nos emprestam dinheiro suficiente para sustentarmos a situação anotada. Para além disso, passam a exigir a devolução dos valores antes emprestados. Nada a estranhar (excepto para os socialistas). Afinal, produzíamos 100 e gastávamos 120. Agora, teremos que passar a viver com o que produzimos (e que cairá para 90 pois a economia ressentir-se-há da austeridade), a menos uma parte que é destinada para pagar as dívidas anteriores. Daí que, passamos a ter que passar a viver (de 120 para) com 80, de uma assentada…

Precisamos de algo diferente – do socialismo - depois de tudo isto…
Mas agora, por agora, haverá que aguentar. Depois, em 2014, se tudo correr bem, poderemos então tentar voltar a crescer.

Mas, em nenhuma destas duas fases deveriam estar, nem por perto, os responsáveis por aqui termos chegado. Mas, sobre isso, têm a palavra os portugueses. A 5 de Junho.

Uma opção por não mudar será um descalabro total. Mas teremos o que escolhermos…

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