Mais 500 milhões, menos 300 milhões.
Sócrates preparou bem as coisas. Para além de ter colocado, de forma clara, em cima da mesas o que não se aplicaria, tratou de assegurar que as medidas reais, as que serão aplicáveis fiquem meias difusas e pouco claras num documento que, qualquer um verifica ser bastante pesado e humilhante para o País, mas que apresenta as medidas de uma forma em que é complicado apurar as suas consequências praticas.
Mais 500 milhões, menos 300 milhões.
O que seria importante, para que as medidas obtivessem o respectivo impacto real: juntar aos valores dos cortes e das receitas à situação inicial, de partida.
Referir que o IVA terá de crescer 500 milhões é inócuo quando não se tem, junto, o valor inicial: quanto arrecada, hoje, o Estado, com o IVA. Aí, já se poderia apurar o esforço que implicará o crescimento da receita em 500 milhões.
Quando se refere que as empresas de transportes públicas terão que passar a ter receitas que assegurem uma cobertura de 30% das suas despesas, era bom saber que, neste momento só asseguram 15%. Aí, poderíamos entender que estamos perante uma duplicação das tarifas, a menos de algum trabalho a fazer ao nível das despesas...
Mas, como vimos pela recusa em responder às cartas do PSD, isso não interessa nada ao PS. Assim, para contrariar a turba socratiana de Matosinhos, urge arrancar com este trabalho a fim de se produzir um Memorando simplificado onde se inscrevam, com realismo, os níveis de esforço que teremos que fazer nos (muito próximos) tempos que se seguirão às eleições. E que permitam antecipar com mais realismo o (fortíssimo) impacto resultante da desgovernação socialista dos últimos anos.
Ou seja, o seu a seu dono...
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