maio 08, 2011

Memorando FMI (1) Pontos de Partida

Mais 500 milhões, menos 300 milhões.

Sócrates preparou bem as coisas. Para além de ter colocado, de forma clara, em cima da mesas o que não se aplicaria, tratou de assegurar que as medidas reais, as que serão aplicáveis fiquem meias difusas e pouco claras num documento que, qualquer um verifica ser bastante pesado e humilhante para o País, mas que apresenta as medidas de uma forma em que é complicado apurar as suas consequências praticas.

Mais 500 milhões, menos 300 milhões.

O que seria importante, para que as medidas obtivessem o respectivo impacto real: juntar aos valores dos cortes e das receitas à  situação inicial, de partida.

Referir que o IVA terá de crescer 500 milhões é inócuo quando não se tem, junto, o valor inicial: quanto arrecada, hoje, o Estado, com o IVA. Aí, já se poderia apurar o esforço que implicará o crescimento da receita em 500 milhões.

Quando se refere que as empresas de transportes públicas terão que passar a ter receitas que assegurem uma cobertura de 30% das suas despesas, era bom saber que, neste momento só asseguram 15%. Aí, poderíamos entender que estamos perante uma duplicação das tarifas, a menos de algum trabalho a fazer ao nível das despesas...

Mas, como vimos pela recusa em responder às cartas do PSD, isso não interessa nada ao PS. Assim, para contrariar a turba socratiana de Matosinhos, urge arrancar com este trabalho a fim de se produzir um Memorando simplificado onde se inscrevam, com realismo, os níveis de esforço que teremos que fazer nos (muito próximos) tempos que se seguirão às eleições. E que permitam antecipar com mais realismo o (fortíssimo) impacto resultante da desgovernação socialista dos últimos anos. 

Ou seja, o seu a seu dono...

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