A recusa da Islândia em não pagar tem sido utilizada, indevidamente, para comparações com o que se passa em Portugal.
Infelizmente, não há relação nenhuma.
A Islândia (os seus contribuintes) não querem pagar uma dívida criada por um qualquer instrumento financeiro, vendido pelos seus bancos, na Holanda e Reino Unido e que se revelou um enorme flop.
Sem se entender bem, os governos daqueles dois Países, substituíram-se a quem de direito (os tribunais, junto aos Bancos emissores) e cobriram os prejuízos dos seus cidadãos. Agora, querem que os contribuintes islandeses os substituam a eles.
O risco imediato é a notação "lixo" e o "isolamento financeiro" do País.
O mesmo aconteceria com Portugal se negasse o pagamento da sua dívida (em vez de pedir a ajuda externa a que recorreu).
A diferença está no simples facto do buraco islandês se dever a um negócio furado.
Enquanto o buraco português se dever a uma gestão pública que, para além de não conseguir pagar a dívida criada, ainda precisa de dinheiro para suportar o défice (o que gasta para além do que recebe) nas suas despesas públicas.
Ou seja, aquele dinheiro (que vem e vai) daquela ajuda externa, é necessário, não só para pagar a parte da dívida que se vence de imediato, mas também para garantir salários e pagamento de bens e serviços públicos. Uma decisão de não pagamento da dívida implicaria, de imediato, uma impossibilidade de assumir as despesas correntes perante os seus funcionários e fornecedores. Ou seja, a bancarrota total. Graças a Sócrates e Teixeira dos Santos. E, já agora, perante a personalização assumida no Congresso, graças ao PS.
A simples possibilidade de imaginar que estes senhores podem ter 30% dos votos nas próximas eleições deixa qualquer um atónito. Mas enfim. Temos o País que ... temos.
A simples possibilidade de imaginar que estes senhores podem ter 30% dos votos nas próximas eleições deixa qualquer um atónito. Mas enfim. Temos o País que ... temos.
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