abril 10, 2011

Congresso Sócrates

O PS entregou-se a Sócrates e entrincheirou-se.
Este já disse que vai negociar com o FEEF.
Para quem tinha dito que não governava neste cenário é revelador. Mas nada inesperado.

As medidas a negociar com o FEEF serão todas penalizantes para o País. 
Inclusive, o dinheiro não virá. Servirá apenas para os Bancos se libertarem da dívida pública (recuperando a sua saúde para os teste de stress) e pagarem o que devem ao BCE. 

Não há qualquer interesse para o PSD intervir no processo negocial.

Bastará, ao PSD, dizer que deve ser mesmo o PS a negociar e a assumir a penalização pela governação que fez. E que o que de lá sair (que não será coisa boa) serão apenas e claramente, as medidas exigidas pelo FEEF para mandar o dinheiro que o País - em bancarrota, criada pelo PS - precisa para existir.

Para dar segurança aos amigalhaços de Teixeira dos Santos (ministros das finanças europeus), bastará ao PSD assegurar que, sendo governo, cumprirá os compromissos de Estado que agora forem impostos pelo FEEF a Sócrates. Sem prejuizo de poder, também (aí sim) enunciar alternativas. Mas sem qualquer nota nem exigência de vinculação.

E deverá concentrar a campanha eleitoral nos objectivos futuros pós-FEEF.
Batalhar que é a favor do Estado Social, da Escola Pública e do Sistema Nacional de Saúde.
Mas de um Estado Social sustentado e não suicida.
De uma Escola Pública sem prejuízo ou contra outras alternativas que garantam, como resultado final, uma melhor Educação.
De uma melhor saúde, conseguida por mais e melhores serviços, dentro e fora do Sistema Nacional de Saúde.
E que vai trabalhar para que, depois dos impactos terríveis sobre o nível de vida dos portugueses das incontornáveis medidas PEC e FEEF em resultado da bancarrota do País, provocada pela governação PS, os ordenados e pensões recuperem e voltem a crescer; e que os impostos comecem a baixar.

Mas isso não chega.

Será necessário, também, combater com eficácia, a manobra do PS de culpabilização da oposição, na tentativa de branquear a governação suicida que empreendeu. Para isso, será necessário produzir micro-textos (sound-bites) associados a gráficos muito claros que demonstrem inequivocamente todo o prejuízo causado pelo PS que culminou com a bancarrota. E, com ela, a necessidade de ajuda externa que traz, associadas, as medidas PECs (já tomadas) e outras, agora, exigidas pelo FEEF.
Dívida, déficite, evolução juros dívida, variação salários função pública, taxas IVA, desemprego... Tudo o que puder revelar sem subterfúgios a situação a que estes senhores levaram o País. E associando a situação às promessas originais (ou mentiras), ditos e contra-ditos de Sócrates.
Demonstrando que a queda do governo era necessária e que não foi esse facto que criou a crise económica. Apenas criou uma crise política - necessária - para afastar dos comandos do País quem nos conduzia para o abismo.
Rebatendo os gráficos do PS que apenas começam na queda do governo. Pois tudo o que de mal aconteceu tem... seis anos. E isto, sendo simpático com Guterres que, perante Sócrates, está a revelar-se ter sido um senhor...

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