Vem assegurar que os seus clientes, credores do País, são pagos.
E vem ajudar a classe política - num regime fragilizado - a impor medidas (mais ou menos draconianas) para garantir que o empréstimo que faz, para cobrir os anteriores, assumidos pelo País em questão, também tem o pagamento garantido. Com este objectivo impõe dois tipos de medidas:
1)As medidas de simples contabilista (ver aqui), onde se incluem as subidas de impostos e o congelamento de salários na função pública, entre outras;
2)E outras, as estruturantes (ver aqui), que nenhum governo (que obtém legitimação eleitoral) consegue tomar: tais como a flexibilização do mercado de trabalho, o fim do congelamento das rendas, etc. Aqui, o FMI assume um papel que não é o seu, de raiz, mas que os governos precisam para que as medidas - importantes - sejam designadas como "impostas" para as justificar perante o seu eleitorado.
Paralelamente, tem que contar com variáveis externas (ver aqui) que influenciarão o processo.
São os governos “cigarra”, leiam-se, socialistas que, usualmente levam os Países a estas situações, de necessidade de intervenção ou ajuda externa. No fim do caminho, há sempre um beco sem saída, à beira de um precipício ficam impotentes. E precisam sempre de alguém, de fora, que possa tomar (por eles) as decisões que se impõem, que são necessárias, mas que são totalmente contrárias à sua génese. Que, convenhamos, por estas razões, é sempre suicidária…
Infelizmente, a crise, apesar de ser nossa (e não internacional como nos querem fazer crer o grupo de Matosinhos) não nos isola do resto do Mundo. Pelo que, para além do FMI temos que contar com algumas variáveis externas que actuarão em paralelo com esta “nossa” crise.
E depois?
Social liberalismo. O que quer que isso seja.
Caso contrário, voltamos novamente às cigarras…
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