Os dados mais recentes referem um crescimento da nossa economia em zero virgula, qualquer coisa. Apesar dos bons sinais do sector exportador, é preciso não esquecer que o mesmo vem de situação de grande queda. Ou seja, subimos, mas a partir de uma posição pouco cómoda.
Por outro lado, não entendemos a satisfação no facto de nem crescermos 1% do PIB quando a economia é injectada com quase 10% do PIB ao ano, a partir de financiamentos vindos do exterior, só para a gestão pública. Se considerarmos mais 10% do PIB (embora já em queda) no restante tecido económico (empresas e particulares), teremos uma fatia de 20% do PIB a entrar, vindo do exterior, na economia. Se esta cresce 1%, para onde vão os restantes 19%?
Pois. Vão para pagar a (cada vez maior) dívida que temos.
Pois. Vão nos dividendos do investimento estrangeiro.
Pois. Vão nos investimentos das empresas portuguesas no exterior.
Pois. Vão...
Mas, infelizmente não irão por muito tempo pois o tempo da confiança dos nossos credores está no fim. A crise em Portugal não é a mesma crise do resto do Mundo. E tem data: o ano novo.
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