Elencamos 9 áreas de actuação.
3.Divisão (distribuição) do trabalho disponível em oposição ao despedimento.
4.Salvaguarda do sector bancário no referente ao crédito imobiliário.
5.Turismo a tratar como a indústria exportadora (que é).
4.Salvaguarda do sector bancário no referente ao crédito imobiliário.
5.Turismo a tratar como a indústria exportadora (que é).
6.Criação de grupo de pressão europeu (dos países "secos" de liquidez) sobre a Alemanha.
7.Financiamento da Segurança Social pela via do consumo.
7.Financiamento da Segurança Social pela via do consumo.
8.Ajustamento fiscal, empolando os impostos sobre o consumo em detrimento (anulação se possível) dos impostos sobre o rendimento.
9.Redefinição do papel do Estado.
9.Redefinição do papel do Estado.
Vamos desenvolver, neste post, a sexta:
Criação de grupo de pressão europeu (dos países "secos" de liquidez) sobre a Alemanha
Temos a Grécia,
Temos Portugal e Irlanda.
Espanha e Itália e outros se
seguirão…
O problema é das sociedades
desenvolvidas e começou por estes países. Depois virão todos os outros. Daí que,
ou a Europa, no seu todo, incluindo a Alemanha, entende e interioriza tudo isto
ou o "caldo fica entornado". Neste momento temos uma Europa a dois ritmos.
Uma Europa a definhar
Num lado, a liquidez a zero. A
economia não tem recursos, os bancos idem. Ninguém empresta e quando isso
acontece, as taxas são proibitivas ou até extorsionárias (7,8 ou até 9%). As obrigações "acabaram" (o
exemplo da Grécia tornou esse tipo de aplicação uma anedota) e os depósitos
também (uma saída do Euro de um qualquer país – que não terá aviso – delapidaria o valor acumulado em poupança). Não
havendo poupança, não há liquidez. O que inviabiliza o investimento e o
funcionamento regular da economia. Tudo trava, pára e morre. Há cada vez menos receitas
fiscais, instalam-se os défices, a depressão económica e a dívida cresce. Se o dinheiro não acaba
nos bancos alemães, vai para baixo dos colchões…
Uma Europa a ganhar com isso
Noutro lado (noutros países) a liquidez aflui aos bancos locais a taxas negativas (os depositantes pagam para depositar).
Liquidez à farta, a baixo custo para investimentos, para a economia e para as
empresas. Lucros gigantescos para os bancos. Mas, mesmo para esta Europa, a
situação não dá garantias de futuro. Pois será limitada a capacidade do BCE para
colocar liquidez no mercado (e nos bancos). As dívidas públicas continuam a
crescer. E o crescimento que não reaparece na economia. Esta segunda Europa terá, por
estes tempos, algo a ganhar com a situação. Mas, a curto-médio prazo estará
também entalada.
Processo de ajuste
A primeira Europa deverá se fazer
valer, criando um grupo forte que imponha algumas condições para o processo de
ajuste que terá de fazer.
Cinco anos para colocar o défice
a zero (e não a 3%). É o compromisso que fica assumido. É o tempo necessário
para que se possa fazer um ajuste gradual, consistente, social e economicamente sustentado. Sem prejuízo de se entender e assumir, que o ajuste (sim, também do nível de vida) é feito em baixa.
Nesses cinco anos, a dívida pública
“congela” por decisão unilateral desse grupo de países.
Cada tranche – e respectivos juros
– à medida que se vence, paga-se através de novos títulos de dívida a 20 anos e
a uma taxa Euribor acrescido de um pequeno spread (não extorsionário).
Os Fundos Internacionais de Equilíbrio Financeiro passam a
agir no apoio aos credores e não no apoio aos devedores, como até agora. Comprando os referidos títulos
a quem os queira vender (com ou sem perdas associadas). O serviço destes títulos deve ser rigorosamente
cumprido.
Os défices (decrescentes) que se geram
nos cinco anos de ajuste devem ser absorvidos internamente [ler aqui]. Não havendo, para estes
efeitos, recurso a financiamentos externos.
Ao longo dos cinco anos, os
Estados deverão se ajustar, na sua dimensão (o que fazem, o que garantem, o que
financiam, o que cobram) com vista à sua refundação e à referida anulação do défice. Não deverão
ser criadas ilusões quando à quantidade e qualidade da intervenção pública (o Estado Social), que, no
final deste processo, será sempre inferior à inicial.
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