outubro 29, 2012

Leituras no i de hoje

Perdão à Grécia pode levar 1.100 milhões de Portugal. Pág 3. Não é só uma machadada nas contas. É também o fim da possibilidade de quaisquer investidores se apresentarem – nos próximos anos – para investir em títulos de dívida de países mais endividados. Regresso aos mercados? Face a isto? Nunca, por alguns anos…

Em 2003, PIB já terá regredido até 2000. Pág 10. Mas qual o espanto? “Construímos” esse PIB com base em empréstimos anuais que atingiam cerca de 20% do PIB (metade da responsabilidade do Estado). Agora, e por muitos anos, não só não dispomos de quem nos continue a emprestar a esse ritmo, como quem nos emprestou quer - agora - o seu dinheiro de volta. Claro que o PIB desce e descerá muito mais…

A grande conspiração de Tomás Vasques. Pág 14. O articulista fala numa “conspiração” neoliberal para reduzir o Estado Social. Governo e ações neoliberais? Mas onde? Este governo? Mas claro que, como qualquer bom socialista não apresenta nenhuma ideia como manter e pagar esse Estado Social. Que deve existir – dirá qualquer um - mas sempre numa dimensão sustentável. Caso contrário pode mesmo desaparecer...

Alexandre Homem Cristo afirma que é possível poupar e melhorar na educação. Pág 15. E que o Tribunal de Contas, através do seu estudo o comprova. Claro que não comprova nada. Pois é simplesmente mais cara a escola que tem professores mais antigos, e mais barata a escola que tem professores no início da carreira. Tão só. As escolas do Algarve não são mais bem geridas que as da Região Centro só porque são mais baratas… As escolas do Algarve têm professores em maior rotação e as da Região Centro são as mais desejadas, estabilizando-se, naturalmente, os respectivos quadros docentes. Isso e só isso, faz o custo aluno. Nada mais…

Refundar o Estado? Pág 18. Será? Com - estes - partidos e esta - rua?

Fátima Vieira defende a utopia da rua que quer uma nova sociedade. Pag 22. Simplesmente a utopia não passa disso. Não por ser mesmo necessária uma nova sociedade mas porque a nova sociedade que aí virá e que será incontornável é a inversa da ansiada pela rua.

Remédios. Pág 24. Cada vez mais baratos. Ótimo. Ótimo? Tão baratos que poderão deixar de existir. Os medicamentos e … as farmácias que os vendem.

Marítimo-Braga Jogo desespera insulares. Pág 43. A descrição da indignação termina com a frase: “só falta dizer que a bola entrou mesmo”. Ora, faltou dizer mais qualquer coisa: que a bola quase não entrou pois o guarda-redes no limite quase o impediu. O que faltou mesmo dizer foi que a bola não teria entrado se o guarda-redes (expulso) - dentro da sua área de acção - não tivesse sido impedido de agir com outra eficácia pela perna do avançado do Braga numa acção claramente irregular e intencional, sem bola.

Sem comentários: