Aí estão elas de novo. As cigarras. Aproveitando os “choques”
do trabalho das formigas. Um trabalho obrigatório como só as formigas podem fazer. Um clássico.
“O Governo está a dar cabo do
Estado Social construído pelo PS…”
Uma pérola no Congresso do PS.
Outro diz: “a dívida externa é
muito pouca coisa e há muita coisa para além da dívida”.
Mais uma.
É impressionante. O querer branquear quase 15 anos de
governação insustentável. Criando uma ilusão de vida (e de Estado Social)
construído e mantido a partir de dinheiro emprestado. Com base no pressuposto
do crescimento económico constante que garantiria sempre que o futuro pagasse
os excessos do presente.
Infelizmente, como qualquer esquema de Ponzi ou Dona Branca,
os últimos é que pagam. E esses, somos nós. Todos os que estão agora a sofrer
os efeitos do ajuste (pois temos que passar a viver com o que produzimos e não
com o que pedimos emprestado) – o que até seria razoável dentro do realismo
possível – mas, pior, temos que pagar o passado. Os erros do passado.
Mas, ali estão elas, as cigarras. Ao som de clássicos. Todos
os que, em 15 anos de (des) governação, hipotecaram o País e a sua soberania.
Não. Não se recusou o PEC 4 para “isto” (medidas de austeridade).
Recusou-se o PEC 4 para substituir as cigarras pelas
formigas. Para dar uma hipótese ao futuro.
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