setembro 10, 2011

O congresso das cigarras


Aí estão elas de novo. As cigarras. Aproveitando os “choques” do trabalho das formigas. Um trabalho obrigatório como só as formigas podem fazer. Um clássico.

O Governo está a dar cabo do Estado Social construído pelo PS…
Uma pérola no Congresso do PS.

Outro diz: “a dívida externa é muito pouca coisa e há muita coisa para além da dívida”.
Mais uma.

É impressionante. O querer branquear quase 15 anos de governação insustentável. Criando uma ilusão de vida (e de Estado Social) construído e mantido a partir de dinheiro emprestado. Com base no pressuposto do crescimento económico constante que garantiria sempre que o futuro pagasse os excessos do presente.

Infelizmente, como qualquer esquema de Ponzi ou Dona Branca, os últimos é que pagam. E esses, somos nós. Todos os que estão agora a sofrer os efeitos do ajuste (pois temos que passar a viver com o que produzimos e não com o que pedimos emprestado) – o que até seria razoável dentro do realismo possível – mas, pior, temos que pagar o passado. Os erros do passado.

Mas, ali estão elas, as cigarras. Ao som de clássicos. Todos os que, em 15 anos de (des) governação, hipotecaram o País e a sua soberania.

Não. Não se recusou o PEC 4 para “isto” (medidas de austeridade).
Recusou-se o PEC 4 para substituir as cigarras pelas formigas. Para dar uma hipótese ao futuro.

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