setembro 23, 2011

BPI, Ulrich e a Grécia

Foi divulgado que o BPI é o banco português mais exposto à dívida soberana grega. O valor atinge os 683 milhões de euros ou seja, 2,71% do capital pelo que o banco arrisca-se a ver descer o "core capital" de 9,1% para 6,4%.

Perante a revelação desta situação, o presidente do banco em questão tratou logo de disparar em todas as direcções e não esteve com meias medidas. Sabendo que o BCP, o BANIF e a CGD estarão bastante expostos à dívida da Madeira, sugere o default daquela Região insular...

Sem mais nem menos. Apenas para os colocar em posição igual à sua...

O banco que Ulrich gere(?) apostou na Grécia (e na sua dívida soberana) tendo, ainda, 2,7 mil milhões de títulos de dívida portuguesa ...

Defende que o Estado português actue em relação à Madeira como a Finlândia fez com a Grécia. Esquecendo que a troika não fez isso com Portugal.

E chega a perguntar "quem vai pagar a dívida da Madeira". 
Ora, a dívida da Madeira, mesmo que a Região seja resgatada, será paga pelos madeirenses.
Tal como - sabe bem o Sr. Ulrich - o facto da troika nos estar a financiar, não evita que a dívida portuguesa seja paga pelos portugueses...

Pois a troika apenas tratou de safar os credores expostos a um incumprimento português a curto prazo, por troca de nova dívida a longo prazo. Em contrapartida, assegurou uma governação sóbria, realista e contida através do Memorando de Entendimento...

As negociatas são importantes, mas exige-se um pouco de mais ética. E de alguma consciência nacionalista...

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