A redução da TSU é a direcção correcta. As vantagens são enormes pese o facto de muita comunicação social insistir, de forma conservadora, apenas na componente negativa da decisão.
Como não é possível - não podemos nos dar a esse luxo - ficarmos parados, só estará em questão saber qual a dimensão do "corte".
Não sendo possível - para já - eliminar a TSU (de uma só vez) e substituí-la por uma subida de 10 pontos do IVA (o que vai acabar por acontecer pois a Segurança Social é para toda a população pelo que será mais justo que todos suportem os seus custos e não apenas quem trabalha), teremos, para já, uma redução mais contida.
Discutem-se os 3 ou os 6 pontos.
O Governo, receoso, apontará para o 1º valor.
A troika, querendo adiantar trabalho já aponta para o 2º.
Eu defenderia o 2º.
E quais as compensações?
As já preparadas (produtos de IVA intermédio) e as mais que forem precisas (subida da taxa geral de IVA).
Mas, o que gostaria de salientar aqui, é outra questão:
Será que é expectável que as despesas da Segurança Social (e os programas que as originam) terão mesmo que se manter todos?
É razoável que se fale em crise e em apertos para toda a população e as despesas da Segurança Social se considerem as mesmas de antes?
Não.
Pois, também na Segurança Social, se farão ajustes em baixa. Acomodando os programas vigentes a uma nova realidade.
Se assim for (e assim é), é razoável que se considere como acomodável uma redução da receita, ao nível da compensação em IVA somada com o valor do corte que se concretizará na despesa.
Assim, está aberta a porta a uma redução da TSU, ao nível do que propõe a troika. Garantindo, desde já, uma redução de 6 pontos, nos custos pagos pelas empresas à mão de obra que empregam.
Os produtos portugueses ficarão mais concorrenciais, na procura por mais quota de mercado, quer na exportação, quer internamente (afinal, os produtos importados, também lutam por quotas no nosso mercado).
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