O Insurgente, através de Ricardo Arroja, resume a conferência de imprensa do Ministro das Finanças.
Tudo medidas na direcção errada: um aumento de impostos. Mais do mesmo...
Qual é a esperança?
Que tudo isto seja um “recuo” para ganhar o “balanço” necessário para se iniciar o processo correcto. Assim:
O défice de 5,9% terá de ser assegurado.
As SCUTSs rendem menos;
A Madeira apresenta um défice inesperado que precisa de ser compensado nas contas da troika (o que é diferente da dívida em questão ser paga).
A economia em retracção “produz” menos riqueza a tributar. Nestas circunstancias, uma taxa superior pode não significar um aumento proporcional da cobrança;
Vários desvios que somam um desvio “colossal” que só pode ser compensado com decisões “colossais”…
Mas entendem-se.
Estas medidas serão mais ou menos aceites pela oposição de esquerda, pois são as medidas que qualquer “socialista” tomaria. E serão as possíveis para salvar a execução orçamental deste ano.
Daí que – espero eu – sejam medidas pontuais.
O orçamento para 2012 já não trará complacências. Será o documento que trará o fim do estado de graça. E terá que reflectir as medidas correctas, onde se inclui a redução efectiva e em concreto das despesas públicas. Até porque o Memorando (MoU) o exige...
E o que é isto de redução das despesas públicas?
Serão:
Menos serviços públicos e/ou serviços públicos mais caros.
Menos subsídios nos transportes (passes e bilhetes mais caros e menos carreiras).
Menos serviço público de televisão.
Muito menos professores contratados, desnecessários.
Menos serviços de saúde (e mais taxas).
Estagnação de remunerações e progressões (se não despedimentos) no funcionalismo público.
Menos freguesias e concelhos.
Menos institutos e empresas municipais.
Menos investimentos públicos.
Para além das medidas “morais” (a poupança real é insignificante) de redução do número de dirigentes e estruturas governamentais.
Etc…
E a TSU?
Esperemos que, ganho o ponto de partida (os tais 5,9%) e tomadas, de uma vez (pode ser importante concentrar já tudo o que é mais difícil indo para além do calendário da troika) estas medidas de emergência, se possa começar a governar na direcção correcta.
E que, “ganho o balanço” com este recuo, o governo enverede pelas medidas certas e necessárias. Satisfazendo a Economia real e incluindo a necessária redução da TSU. E muitas outras.
Quero acreditar que seja assim…
Porque estas medidas são demasiado “mais do mesmo”…
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