Esta opção/decisão será demagógica, mas é importante.
Não tem qualquer impacto financeiro, nem orçamental, mas "acalma" as maiorias sofredoras (a classe média).
Actua moralmente.
Pelo que, apesar do sentido negativo da mesma (são mais impostos), pode e deve ser tomada.
Em vez dos 46,5% (taxa de IRS), que se aplicam aos rendimentos em questão, seria incluído um acréscimo (talvez mais 5%) sobre todos os rendimentos familiares para além dos 100 ou 150 mil euros (sendo estes os valores equivalentes aos que se preparam para serem aplicados em alguns países europeus, mas adaptados à nossa realidade e nível de vida).
Os "ricos" (mesmo ricos, podres de ricos) defendem esta taxa com "unhas e dentes" porque pouco influirá nos seus rendimentos (que estão convenientemente "desviados" para outros canais, não tributáveis), permitindo-lhes argumentar que, a partir daí, já estão a colaborar no esforço nacional...
Claro que estamos a falar de taxa acrescida sobre rendimentos e não sobre riqueza. Se a opção for taxar esta última, então, tudo ficará errado...
Porque acabaremos por taxar as poupanças (é riqueza acumulada que deve ser incentivada e não taxada) salvaguardando apenas quem não a reuniu porque decidiu adquirir um apartamento maior e mais bem localizado, quem decidiu, todos os anos, ir passar férias ao Brasil ou adquirir um carro de gama mais elevada...
Se assim for, estaremos muito mal encaminhados...
Pois, mais uma vez, penalizaremos as formigas, incentivando as cigarras.
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