Sim. Neste momento somos mesmo lixo.
Afinal, só não entramos em incumprimento porque nos emprestaram 78 mil milhões recentemente. Com as condições registadas no MoU.
Daí, que, até prova em contrário, as agências de rating apenas notificam os seus clientes (e quem mais quiser saber) que nos emprestar dinheiro corre o risco de não o ter de volta.
Quem os poderá censurar?
Só mesmo a esquerda das ilusões. Que por aí ainda anda…
Anos de deslumbre criaram uma dívida que não podia ser cumprida (nos seus prazos de pagamento). Esse simples facto é inibidor de qualquer um que se nos apresente para emprestar mais dinheiro…
Cabe a este novo governo inverter a situação.
Tal como um paquete que navega não pode inverter o sentido da navegação em poucos metros, o mesmo se passa com a governação. Por alguns meses “navegaremos” ainda sob os efeitos da desgovernação de Sócrates. Depois, virão os efeitos das medidas deste governo. Que se esperam, possam inverter a situação. Mas, até lá, vamos cair mais…
O regresso à tona (a acontecer, se acontecer) será a partir de lá bem do fundo. Bem mais fundo do que estamos agora. Não nos iludamos…
Entretanto, lá vamos aturando aqueles que acham que os governos se impõem de um dia para outro. E que o rating da dívida soberana portuguesa - que deriva da dívida (ou da capacidade de a pagar) que se criou em dezenas de anos - já é consequência do trabalho do novo governo. Ridículo ou ridiculos…
Sócrates e o PS tornaram-nos lixo.
Não havendo tempo para – ainda este ano – actuar na despesa (governo novo, orgânicas novas, orçamento a meio) foi necessário agir, mesmo que contra-natura, na área da receita fiscal. E no rendimento.
Desde que tenha sido acção pontual.
Desde que se actue – mesmo – logo que possível e em prazo curto, na área da despesa.
Desde que se inverta rapidamente a recolha da receita fiscal e social para a área fiscal do consumo e se libertem – logo que possível - os impostos sobre o rendimento, sobre o lucro e o custo do trabalho (TSU).
Assim, tudo poderá acabar bem…
Mas esperamos mesmo por tudo isso. Para que possamos ter um … futuro.
Não melhor, porque a nossa experiencia recente foi de viver numa ilusão, bem acima das nossas possibilidades (de ontem, de hoje e de sempre).
Mas um futuro. Onde possamos existir com tranquilidade e como nação que decide por si própria.
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