É recorrente, nestes dias, a avaliação do que pode fazer o País para evitar a bancarrota, decretada por muitos analistas, na sequência do processo grego.
Como alterar as coisas?
Tem sido muito badalada a descida da TSU. Na prática, reduzir os custos da produção nacional através da redução das receitas sociais (a aplicar em despesas sociais).
Uns falam numas décimas, outros em 4% aplicados gradualmente. Outros em 4% de uma só vez, em 16% e até 20%. E se a maioria considera importante a medida, outros divagam: como compensar as receitas da Segurança Social? Através do IVA intermédio ou do IVA na generalidade?
Mas compensar como? E porquê? Será que não se entendeu o que quer dizer viver com menos? Mudar de vida? Viver pior alguns anos porque noutros se gastou mais do que se tinha? Anos de vacas magras? Anos de formiga após os anos das cigarras?
É que poucos (ou nenhuns) tocam no cerne da questão: que tal pensar que não podemos manter o actual nível de benefícios e apoios sociais?
Pois é. Reconhecendo esse facto, é só desembrulhar a trapalhada que se criou nos últimos anos: se o Estado Social se ajustar às possibilidades reais da nossa Economia (o que significa passar a ser mais pequeno), pode ser que a Economia recupere e volte a produzir (mais tarde) a riqueza necessária para uma futura (maior) redistribuição social.
Ou seja, se se reduzem os níveis de redistribuição social, passa a ser admissível uma menor receita para esses mesmos efeitos. O que potencia, por si só, a descida da TSU.
Sem comentários:
Enviar um comentário