Há pouco mais de uma semana, as sondagens davam o PS empatado com o PSD. Algumas consideravam a possibilidade de uma vitória de Sócrates.
Mas iam apurando uma enorme massa de inquiridos que se diziam indecisos.
E indecisas ficaram as empresas de sondagens no que fazer com eles.
O ambiente político obrigava os sondadores a procurarem saber mais. Se a indecisão era sobre ir ou não ir votar. E se era entre o PS ou outro partido. Ou apenas entre o PSD e o CDS.
O tempo passou, Passos Coelho vingou e a indecisão – que pairava – baixou.
E os indecisos terão começado a poisar no PSD e CDS, numa esperada penalização de Sócrates e do seu PS (o da máquina marqueteira e de Matosinhos).
Provavelmente, os inquiridos que referiram ir votar PS quando este empatava com o PSD mantiveram-se por lá. Simplesmente, os indecisos foram-se acumulando nos partidos à sua direita. E o peso foi-se esbatendo até à situação actual.
Mas o que se poderá ainda passar até o dia 5:
1)Mais indecisos se decidirão. E, como os anteriores, maioritariamente, castigando Sócrates e dando um voto de confiança nos partidos de centro-direita. O que provocarão a acentuação do efeito de crescimento (PSD) - queda (PS), visível nos últimos dias.
2)Com a vitória do centro-direita (cada vez) mais evidente, o voto útil da esquerda no PS poderá esboroar-se. Jerónimo e, principalmente Louça, poderão recuperar votos (aparentemente) perdidos, nesta recta final da campanha. Nova queda do PS…
3)Perdido por um, perdido por mil, poderão os socialistas decidir acelerar a saída de Sócrates da liderança. E como? Não permitindo um resultado dúbio que ainda dê força a Sócrates para se manter: não indo votar…
A maioria absoluta acontecerá. Não para o PSD. Mas contra Sócrates. Para que se abra caminho aos anos difíceis que aí vêm. Mas que devem ser enfrentados pelas pessoas certas.
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