junho 01, 2011

Dívida portuguesa já está reestruturada

A Esquerda (CDU e BE) que ficam à esquerda do PS vem acenando com uma alternativa aos partidos que estão com a "troika estrangeira" que quer impor o Memorando do FMI aos portugueses.

Ora, os problemas que Portugal enfrenta resultam de uma acção do PS no mesmo sentido (pela esquerda) das propostas destes dois partidos, mas pela metade.

E se, pela metade, foi o descalabro que se vê (e que se vai ver, pois só agora é que vamos começar a pagar o desgoverno), por inteiro o que não seria…

A troika só cá está porque, na realidade, a dívida portuguesa já foi reestruturada. E isso é claro como água. Os 78 mil milhões servirão para pagar a "dívida latejante", a curto prazo, transformando-a noutra, de médio/longo prazo. O BE e a CDU defendem a reestruturação. Mas... está feita. Simplesmente, quem suporta financeiramente essa reestruturação, garante que pagamos. E como? Fazendo-nos mudar de vida... impondo o MoU...

O problema de Portugal e de outros Países (Grécia e Espanha) que enveredaram pela “esquerda” é só um: a opção pelo socialismo.

Note-se que até o PSD e o CDS, quando estiveram no governo, fizeram o mesmo, mas por menos, sempre pressionados por certos preconceitos sociais, politicamente correctos, pela Comunicação Social sempre à procura de pentelhos na área do centro-direita e pela esquerda anacrónica na "rua".


Também algo desculpados pela Constituição anacrónica que temos (“rumo ao socialismo") e pelo facto de terem governado, quase sempre, manietados por Presidentes da República de esquerda. Daí, que sim. Também erraram muito. Apesar de menos...

A mudança é possível e não há outra solução em cima da mesa que não seguir escrupulosamente o Memorando FMI. Porque só isso nos trouxe os 78 mil milhões necessários para continuarmos a viver, aquém da bancarrota. 


A receita é simples e chama-se pragmatismo.

E para aplicar essa receita, a genética do PS, e dos partidos à sua esquerda, apresenta incompatibilidades evidentes.

Sócrates deu (e tirou) muito para além do que podia. Criou uma dependência (social) na população à mesma velocidade que acumulou dívida. Agora, virá a ressaca. Pois teremos que voltar à realidade  e viver com o que produzimos e, ao mesmo tempo, pagar o que devemos.

Gastávamos 120 quando apenas produzíamos 100.
Agora, que a economia foi esfolada, para pagar os custos do crescente Estado Social socialista e suicida, passamos a produzir só 90.
Desses, 20 serão para pagar a dívida que criamos – Sócrates criou - e os juros respectivos.
Passar de 120 (a ilusão rosa criada pelo PS) para 70 será duro. Muito duro.
Temos todos que mudar de vida.

É necessário afastar dos responsáveis e enfrentar – com outros dirigentes - a situação.
Sem esquecer (começando a 5 de Junho) que tudo isto se deve ao PS. 
Daí que, venham outros. 

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