abril 21, 2011

Proposta do PSD - limitação nas pensões de reforma

Passos Coelho iniciou a divulgação de intenções do PSD face à próxima legislatura.
Avançou com a limitação de pensões de reforma no sistema nacional.

Logo, de imediato, terão sido nomeados alguns franco-atiradores que, a partir da trincheira de Matosinhos, dispararam…

Já se entendeu que vai ser assim.
Limitados a gerir os efeitos desastrosos da sua governação de seis anos, vão dedicar os próximos tempos, incluindo a campanha eleitoral numa tentativa de se desresponsabilizar, responsabilizar outros e deitar abaixo todas as ideias que possam ser apresentadas.

Pelo que, terá o PSD que associar à sua proposta (e a todas as que venha a apresentar) um suporte argumentativo simples e perceptível, para criar um “colete anti-balas” à prova dos atiradores socialistas.

A questão da limitação das pensões de reforma é uma questão de liberdade.


O sistema existe, na parte controlada pelo Estado, para assegurar: uma componente de segurança social (dando algum suporte financeiro acrescido, a quem não fez os descontos suficientes) e; dando os cidadãos como pouco conscientes e prevenidos, cria uma poupança "forçada".

Propõe o PSD que todos os valores auferidos para além de um determinado nível de rendimento não devem entrar nesta poupança obrigatória. É esta simples proposta que causa uma reacção teatral dos socialistas: "Acudam. Querem acabar com o sistema público de pensões". E tocam a rebate os alarmes na trincheira…

Quando ambos os objectivos estão atingidos (parte de solidariedade, parte de poupança obrigatória) diz o bom senso que cada um deveria ser LIVRE para a aplicação do excedente das suas poupanças.

Caso queira coloca-las nas mãos de entidades públicas, tem instrumentos para o efeito. Planos de Poupança Reforma públicos. Instituídos há 2 anos… Onde todos aqueles que valorizam o Estado e o seu papel de colector-distribuidor podem aplica-las.

Outros que pretendam aplica-las noutros instrumentos, de gestão particular, deverão passar a poder fazê-lo. O cidadão ganha liberdade no processo.

A opção da esquerda, pela intervenção do Estado, está lá. Mantém-se. Mas criam-se novas opções. 


Só se tem a ganhar com esta proposta do PSD. Venha esta e outras do tipo.

Quanto à descapitalização dos Fundos públicos, os “tiros” socráticos falham o alvo: há menos receitas, exactamente no mesmo valor em que há menos despesas… pois ao definir um limite da reforma concedida, passará a haver menos despesas públicas.

Garantida a base essencial, esta é uma questão de liberdadeCom a qual, aparentemente, a esquerda lida mal. O que é um contra-senso, atendendo ao seu discurso…

Sem comentários: