Seguindo uma analogia feita recentemente, o País está como uma casa que foi incendiada pelo mordomo.
Infelizmente, o mordomo é que está a gerir o processo de tentar apagar o fogo, evitando e adiando ao máximo a chamada dos bombeiros. Por duas razões. Porque gosta de ver as coisas a arder e porque assim, mais facilmente, se queimarão as provas de que foi ele o incendiário.
O mais caricato é que o jardineiro quer chamar os bombeiros. Infelizmente o telefone está dentro de casa. E aí, manda o mordomo. Que vai lançando uns copos de água para o fogo que já está incontrolável há muito tempo.
Os donos da casa chegaram e já o despediram. Mas, até vir outro, é aquele (o incendiário) que controla a situação.
O jardineiro (que quer vir a ser mordomo) vai dizendo que é preciso continuar a mandar água (mais ainda) pois é assim que se combate o fogo, mas que os bombeiros são essenciais. Para evitar males maiores e tentar salvar alguma coisa que permita uma futura reconstrução. Não. Diz o mordomo incendiário. Os bombeiros vão mandar água indiscriminadamente sobre tudo, o que vai destruir os móveis e a casa. Mas, diz o jardineiro, e o fogo? Não vai dar ao mesmo?
Eu não chamo os bombeiros. Insiste o incendiário. Venha outro a seguir e assuma essa responsabilidade. No final, a casa estará destruída e a “culpa” será de quem chamou os bombeiros…
E assim se quer safar o… incendiário. Que quer, ainda, ser o reconstrutor.
Que situação mais sinistra.
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