fevereiro 14, 2011

Sócrates e o crescimento do PIB (1,4%) em 2010


Não se entende a euforia.

Um crescimento de 1,4% numa economia onde só o orçamento do Estado atingiu um défice de 7% do PIB. E que é financiado quase totalmente a partir do exterior, através de empréstimos.
Se a estes 7% juntarmos a dívida (também ao exterior pois a poupança está nas ruas da amargura) dos particulares, empresas e banca, vemos que o crescimento da economia em 1,4% são muito curtos face ao que nos emprestaram em 2010, para além do que se destinou a renovar a dívida anterior.
Agora, que chegou a altura de travar o gasto em excesso e, mais ainda, que temos que pagar os excessos anteriores, é que vão ser das boas...
Não será Sócrates, que nos trouxe aqui, que nos vai safar.  
Mas também não podemos lhe dar a satisfação de poder sair já, agora que a "batata quente" começa a aquecer. Já bastou que isso acontecesse com Guterres, que se safou de chafurdar no pântano que criou. E que passou o problema, ainda criança, nas suas mãos, para os outros que vieram depois.
Saindo muito cedo, em eleições demasiado precoces, o PS não será suficientemente penalizado. Se é mau para o País (cada dia que passa a coisa fica mais negra) que Sócrates fique é pior ainda que não fique o tempo suficiente para que tenha que lidar com a “porcaria” que fez. E que assim, o PS, em eleições na altura certa, passe a caber num táxi.
É para evitar isto que a esquerda quer precipitar a saída. Sabem bem, o BE e o PCP, que o que vem depois nada terá a haver com eles. Pois o que defendem são só medidas que agravariam as questões pendentes. Uma saída de Sócrates, precoce, reduziria e limitaria os (também deles) problemas.
Mas Sócrates vai se agarrar ao poder como e até quanto puder, pois a "porcaria" a esconder é muita. Muita negociata e muitos processos latentes, à espera que os "interessados" desçam do poleiro.
Daí os socialistas estarem em pânico. Todos. Pois a perspectiva do táxi é dura.
Mas nada disto é mais do que o ... socialismo. Aplicado neste rectângulo à beira mar plantado.

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