fevereiro 09, 2011

Dirigentes da Função Pública - mais um corte remuneratório em vista

É notícia de ontem que os dirigentes da Função Pública sofrerão mais um revés remuneratório nas mãos deste Governo Socialista.
Entende-se que, para reduzir o quadro dirigente, é mais fácil, desvalorizar remunerativamente o dirigismo de uma forma cega provocando a saída de muitos, evitando a tomada de decisões corajosas de ajuste onde este deve - mesmo - existir.
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Infelizmente, este procedimento terá más consequências.
Um Director-Geral ganharia, no início do ano passado, cerca de 3 mil euros por mês líquidos. Com os cortes recentes e com os previstos, agora anunciados, a sua remuneração deverá cair para pouco mais de 2 mil euros. Uma redução superior a 25%.
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Neste caso, aparentemente, já não contam os argumentos que levaram a CGD a não reduzir, em Janeiro, os ordenados de forma equivalente à função pública. O risco era a saída dos quadros.
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A aproximação sucessiva dos rendimentos dos dirigentes aos dos técnicos tornará o "prémio" da liderança num valor insignificante para quem decide, arrisca, se sujeita a fiscalizações, tribunais de contas e multas. Que tem que realizar avaliações de funcionários e gerir as suas responsabilidades, garantir serviços e enfrentar burocracias.
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Claro que haverá sempre quem almeje esses cargos.
Quem acha que o princípio de Peter não se lhe aplica ou quem o desconhece de todo.
Assim, a Função Pública portuguesa se tornará num imenso ... principado de Peter.
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Que todos nós, contribuintes, pagaremos e teremos que aguentar.
Organizações sem líderes à altura é meio caminho para a medíocre mediana socialista. O nivelamento sempre, por baixo. Isto, claro, se antes, não se partir tudo.
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Afinal, temos (os Sócrates e Santos) o que merecemos...   

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