Imagine uma família.
Que ganha 100 e gasta 120.
Todos os anos tem que pedir emprestado para pagar o que devia, mais 20, ou seja, aquilo que gastou a mais do que ganhou.
Rapidamente, a dívida aumenta, ao ritmo de 20 ao ano.
Um dia, quem lhe empresta, apercebe-se do risco e ... stop.
Agora, não só a família terá de viver com os 100 que produz como terá que pagar 10 por ano, durante muitos anos, para saldar a dívida acumulada.
Ou seja, terá de deixar de gastar 120 e passar a gastar só 90. Menos 25%...
Portugal é assim...
E o problema é que grande parte das despesas são fixas. Subsídios para todo o lado e um Estado-Social impossível é a herança socialista.
Mas, as famílias portuguesas estão iguais. Têm os cartões de crédito esgotados e terão que começar a paga-los. A estes, juntem-se-lhe dois problemas:
1)Grande parte da sua despesa é fixa. Despesas com o crédito habitação, escolas das crianças e custos com alimentação e casa. Levam os 90 e nada sobra.
2)Os ordenados baixam, os impostos sobem.
3)E, para piorar a situação, a euribor começa uma escalada. Lenta, mas irreversível. Logo, logo, não há qualquer capacidade para cumprir as obrigações bancárias com o crédito habitação.
Logo de seguida, perante o crescimento (serão centenas de milhares de famílias incumpridoras) de hipotecas a serem activadas, temos os bancos portugueses na situação dos irlandeses. E a economia estrangulada.
E fecha-se o País...
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