setembro 19, 2015

PS+PC? ou PSD/CDS a prazo?

Está mais ou menos visto.
Novas eleições dentro de 3 meses.
Nenhuma das partes governamentaveis tem a maioria.

Três possibilidades resultarão:

1)Se ganha o PS, terá (mesmo, mesmo que a contragosto) governar à Siryza. Pois precisará do BE ou do PC. Medidas difíceis para endireitar as contas públicas (sim, rumo ao défice zero, única possibilidade de nos safarmos) nem vê-las. Caímos no mesmo depois de deitarmos ao lixo os esforços dos últimos 3 anos. Depois de dois anos de desbunda à esquerda, o défice dispara, a dívida idem até ninguém nos emprestar mais nada. A cigarra volta a chamar a formiga (troica).

2)Ou ganha a coligação PSD/CDS e nada passará no parlamento. Aqui há uma possibilidade: cai Costa e vem alguém que governe em bloco central. 

3)Senão, novas eleições dentro de 3 meses com novas caras no PS. Aí, voltamos ao zero mas talvez já com um PS menos à esquerda apontando para soluções "alemães".

A escolha está nestes termos:

A vitória PS é um beco sem saída. Pois governará à esquerda, condicionado pelo PC ou BE. O fantasma grego.

A vitória Coligação, dentro do impasse, terá mais saídas. Pois obrigará a um PS menos à esquerda que permita acordos ao centro e aí, teremos uma janela de oportunidade...

Estamos nos impasses da democracia. 
A maioria vive de subsídios, as eleições são ganhas por quem os promete...

Daqui só sairemos quando se efetuar uma mudança estruturante que não deixa de ser simples: a unidade de trabalho (um emprego) passa a ter, de base, menos horas diárias (digamos 6) com o corte remuneratório correspondente. Desta forma esbate-se o desemprego, ajustam-se as situações (empresas e estado) de sobre-emprego, aumenta-se a qualidade de vida (menos trabalho) mesmo que à custa de um corte de rendimento. Corte esse que potênciará novo emprego, menos subsídios, trabalho para os jovens, menos emigração, mais natalidade, reequilibrio das contas do Estado e da Segurança Social.

De que estamos à espera? Da morte das democracias?

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