maio 09, 2013

Desemprego - mais e mais desemprego

Os números continuam a subir. E não têm como começar a descer face às actuais políticas de trabalho.

Vamos a caminho dos 20% de desemprego. E a consequência imediata, mais grave (para além dos custos sociais que acarreta) é a saída do País de dezenas de milhar de jovens por ano. Desta forma, o País perde a componente mais bem formada da sua força de trabalho, os contribuintes do futuro e a renovação populacional que estes mesmos deixarão de assegurar. Ou seja, sai o nosso futuro porta fora.

Precisamos de empregar rapidamente três quartos dos desempregados.

E nenhum crescimento económico (seja ele qual for) nos vai garantir isso. Até porque as medidas avulsas de crescimento, nesta área (desemprego) nem vão compensar os efeitos das outras medidas absurdas de aumento da idade de reforma, aumento das horas de trabalho, redução de feriados e férias.

Assim sendo, só há uma solução imediata:

Abertura a todos os empregadores (incluindo o Estado) para, unilateralmente, poderem reduzir o tempo de trabalho até 20% com o correspondente corte remuneratório. A possibilidade deste corte seria menor, até zero, nas remunerações próximas ou iguais ao salário mínimo. Defendendo quem menos ganha. 

Este processo será facultativo (a decidir pela entidade empregadora) e é reversível a qualquer momento, se e quando ultrapassada a fase mais difícil. 

E pode ser aplicado a uns funcionários e não a outros, por decisão livre do empregador. 

Haverá benefícios (cortes na TSU a pagar, pelo funcionário e pela empresa) para quem aderir a este processo. Assim, ajustam-se as empresas que têm pessoal a mais (evitando falências e despedimentos), e criam-se novos empregos nas empresas e entidades que têm o pessoal necessário ou que estão a crescer. Sobre esta matéria, ler pormenorizadamente, aqui.

Esta solução não é nada complicada de entender e é consequência da evolução e dos tempos. A Humanidade sempre procurou trabalhar menos garantindo a mesma produção. A roda, a máquina a vapor, o computador, a energia, foram invenções e processos que pareciam conduzir aquele objectivo. 

Mas não. Em vez de manter todos no processo produtivo (cada um a trabalhar menos) prefere-se sobrecarregar alguns e despedir os outros. Com a certeza de que a sobrecarga sobre os primeiros apenas servirá para suportar os custos sociais com os segundos.

Porque se continua a insistir neste erro? Só se for por isto: ler aqui.

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