Conheço uma narrativa. Simples.
Sócrates, tomou conta do País com uma dívida de 60% do PIB.
Criou um tipo de vida (gastava mais 20% do que recebia) que
se sustentava num défice sustentado por empréstimos externos que fez crescer aquela dívida para o dobro.
Mesmo com o travão da austeridade nos últimos dois anos o “monstro”
(a dívida) atingiu os 120% do PIB. Como é evidente, não se corta 20% (o défice) da despesa de um dia para outro (nem isso foi possível em 2 anos).
O que nos obriga, hoje, a pagar 8 mil milhões anuais em juros.
A narrativa realista diz que temos que cortar em despesas, 4
mil milhões. O exacto valor dos juros acrescidos pelo aumento da dívida originado
pelas políticas de Sócrates.
Mas a narrativa não termina aqui. Para além dos mais 4 mil
milhões anuais em juros, temos que lidar com os credores que, não nos emprestam
mais dinheiro e ainda nos obrigam (o que é normal), a assegurar o pagamento daquilo que lhes devemos.
Tudo isto junto, originou o problema ou todos os problemas com
que (sobre)vivemos.
As outras narrativas são apenas de maus fígados.
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