outubro 03, 2012

Nacionalização do BPN custa 3,4 mil milhões aos contribuintes

Notícia de hoje, problema de ontem.
Nada de inesperado.

É um assunto de polícia e justiça. Mas muito mais do que isso, é caso político e de absoluta necessidade de informação pública.

Afinal, como refere a notícia do SOL, serão os contribuintes a pagar por este roubo. Muito dinheiro, por muito tempo. Muitos subsídios dos funcionários públicos e pensionistas, muitos ordenados (através de novos impostos prestes a chegar) de todos os trabalhadores.

Se é necessário (e teremos de acomodar) um ajustamento (não forçosamente o que está em curso) em baixa nos nossos níveis de vida, é inaceitável que não possamos aceder à informação básica e essencial no que diz respeito a esta matéria com impactos tão substanciais.

Quero conhecer (porque eu sou - também - pagador), a lista de imparidades e créditos perdidos, acima de 1 milhão de euros (dando de barato os roubos menores) que esse banco registou desde 1995 nas suas contas (que, acho, estarão já consolidadas, em 2012...).

E, neste esclarecimento, não quero apenas nomes de empresas obscuras de off-shores. Quero, isso sim, os nomes de quem emprestou e decidiu o empréstimo, de quem tratou do negócio (testas de ferro, sociedades financeiras e de advogados) e quem recebeu o empréstimo e depois o "colou ao tecto". E, mais uma vez, para eliminar a vontade de encapotar a informação, atrás das tais empresas obscuras em off-shores, a cada uma, deverá corresponder sempre um nome de quem tratou deste assunto, por ela...

Eu tenho este direito porque estou a pagar. E se o Estado (de direito) que temos não for capaz de me informar nestes termos (não é acusação, é informação) então muito mal estamos. Partidos, Estado, Justiça...

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