dezembro 22, 2011

Menos dias de férias



O ajuste aos 22 dias (desaparecendo os 3 dias de prémio) não é inesperado. Mas não deve ir mais longe, até porque é medida que vai (como outras) na direcção errada.

O problema actual nos países desenvolvidos é a falta de trabalho. Pelo que o ajuste é na distribuição do mesmo, que terá de ser mais bem feita.

Aumentar o trabalho de cada unidade de emprego é, a todos os níveis, seguir na direcção errada.

Falamos de mais meia-hora de trabalho diário, menos férias e feriados, reformas mais tardias. Todas estas decisões concentram o (cada vez menos) trabalho disponível, em menos trabalhadores. Sobrando mais indivíduos para o desemprego, marginalidade e... emigração.

Errado.


Haverá que o distribuir melhor. E por mais trabalhadores, mesmo que à custa de menos rendimentos para cada um (em função da redução do tempo de trabalho).
Mais trabalho para quem o terá, só seria medida interessante caso as empresas estivessem a laborar no máximo da sua capacidade e não houvesse mão de obra disponível no mercado. Ora, nem uma nem outra coisa faz parte da realidade em que vivemos.


Mais 23 dias (hoje, no Público) no ano, serão mais 10% de tempo de trabalho.
Potencialmente, menos 10% de emprego.
Não se admirem de concluirmos 2012 com taxas de desemprego próximas dos 20%...

É altura do Ministro Alvaro reavaliar...

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