Esperam-nos anos difíceis.
A geração que (esperemos) sairá amanhã do poder deixou-nos muito mal.
Esperemos que os novos dirigentes promovam mesmo uma mudança substancial.
E que o País entenda - e que seja possível lhe explicar bem - que é necessário mudar de vida e que isso passa pela redução significativa das condições de vida.
Atingimos, no passado, níveis de vida muito acima do razoável. Para isso, empenharam o País que acabou nas mãos dos seus credores.
Estes, aceitaram renegociar a nossa dívida. E cederam-nos 78 mil milhões de euros.
Mas, com eles, veio associada, uma lista de trabalhos. Um caderno de encargos duro que precisamos de seguir para justificarmos a confiança que nos deram nessa negociação da dívida soberana.
A dívida soberana retirou-nos a Soberania. Cabe-nos a nós, todos, decidir, através dos nossos comportamentos, nos próximos anos, quando a poderemos ter de volta.
Nota: o comportamento das nossas empresas públicas de transportes (políticas, administrações e trabalhadores) não auguram nada de bom. Porque são um dos principais focos de endividamento. E ainda não entenderam que a tal mudança de vida passará por - como todos - descer uns degraus. Se não entenderem assim (como fizeram os trabalhadores da Wolkswagen em Palmela) mais vale fechar e reconstruir do zero... Com o prejuízo total (e não apenas parcial) de todos os intervenientes directos.
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