Ontem, na RTP, perante José Rodrigues dos Santos, o Ministro das Finanças que nos trouxe à situação actual, ficou sem palavras. Porque a troika trouxe toda a realidade ao de cima. Acima, mesmo, do espectáculo ilusionista socialista.
Ficou claro que o PC4 apenas levaria a um PEC5 e a um PEC6, juros a 10 e 12%, impossibilidade de financiamento nos mercados, défice para cima dos 7% (5,9% será o resultado destas medidas agora impostas, bem para além do PEC4) e tudo isto sem que se tivesse avançado para o financiamento agora conseguido.
E ficou também evidente que o recurso à Ajuda Externa pecou por apenas por tardio pelo que - e ainda bem - a oposição forçou o processo, ultrapassando a teimosia de Sócrates que só nos conduziria ao abismo.
Teixeira dos Santos, renegando a sua tecnicidade, lá balbuciou a cantilena de Matosinhos que, felizmente, já vimos, perdeu a "cola" toda...
Tentou dizer que aquando do chumbo do PEC4, Portugal estava a conseguir financiar-se... quando, sabemos bem, que os "mercados" referidos mais não eram (há muitos meses) do que os bancos portugueses "travestidos" e instrumentalizados, que aplicavam os fundos obtidos junto a Constâncio (e ao BCE a 1%) nos títulos de dívida portuguesa (a 6 ou 7%).
Num processo que apenas estava a colocar em risco os próprios bancos, a secar o financiamento à Economia real e a nos conduzir, sem apelo nem agravo, ao abismo.
Num processo que apenas estava a colocar em risco os próprios bancos, a secar o financiamento à Economia real e a nos conduzir, sem apelo nem agravo, ao abismo.
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