Uma das medidas mais interessantes que podiam ser integradas no plano de resgate da troika seria a criação de um novo instrumento de poupança (talvez provisório) a denominar de EUROBONDs.pt.
O fundo criado estaria acessível a todos e quaisquer investidores.
Incluem-se os particulares, que, de uma forma simples, deverão poder "desviar" poupanças para este instrumento. A exemplo dos moribundos (pelas taxas de juro ridículas e falta de garantias na aplicação) Certificados de Aforro e do Tesouro.
Também os fundos de investimento privados (PPRs) e a Segurança Social pública poderiam aqui fazer as suas aplicações. E não serem aplicados em títulos de dívida do Estado português (que são lixo nos dias de hoje). A diferença passará pelos fundos dos EUROBONDs.pt terem uma aplicação controlada.
As taxas de juro a pagar estariam ao nível das acertadas com o FMI, para o empréstimo-resgate. Nem mais nem menos.
Este instrumento serviria, fundamentalmente, para absorver poupanças e recursos locais para aplicação - controlada - no resgate necessário.
Na prática, transformando (e evitando nova) dívida pública externa em dívida pública interna.
Os EUROBONDs.pt seria títulos de dívida pública garantidas - perante o investidor - pelo BCE que asseguraria a sua aplicação correcta, no âmbito da troika e associada às medidas difíceis, mas necessárias a impor aos países - neste caso Portugal - resgatados.
Esta solução travaria a fuga de capitais dos países em crise, o que pode ser um "travão" à sua implementação se os países mais fortes entrarem numa espiral negativa, de punição e procura de lucros fáceis na base da fragilidade de outros. Se negarem o espírito de coesão comunitário. Tudo isto pode ser feito sem prejuízo da efectiva recuperação (em esforço) dos países mal comportados.
Afinal, a culpa final será sempre do povo, que escolheu este caminho (socialismos...) e estes governantes (Sócrates e o PS)... E que agora, terá que pagar por isso. Dirão eles (as formigas) os países credores, perante nós (as cigarras).
O fundo assim criado, através dos EUROBONDs.pt, esgotar-se-ia quando o País recuperasse da situação que motiva o resgate. Quando ganhasse a confiança necessária para se libertar da necessidade destes recursos "condicionados"...
Os Bancos portugueses, demasiados expostos à dívida portuguesa, poderiam transferir as suas aplicações para este novo instrumento, ganhando na sua segurança e exposição aos teste de stress bancário. E, em simultâneo, melhorando a sua oferta (taxas de juro) nos depósitos bancários, destinados aos seus clientes.
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