março 19, 2011

Sócrates - o seu fim deve ser "natural"

Sócrates, o PS e o socialismo levaram o País e a sociedade portuguesa para um ponto que, há muito estava ultrapassado. Recuamos muitos anos. Talvez para os níveis em que estávamos nos anos iniciais de Guterres. Tudo perdido. Precisamos de recomeçar.

As medidas agora tomadas são apenas o resultado de todos esses anos de políticas erradas.
As medidas não são boas nem são agradáveis.
São a consequência de tudo o que se fez e que conduziu à sua necessidade. São incontornáveis.
O PS, nos últimos meses, não passou a governar bem. Apenas teve que tomar, forçado, as medidas consequentes de tudo o que fizeram até agora.

Infelizmente, não chegamos ainda ao fundo.
Os impostos aumentaram, na sua generalidade.
Os ordenados da função pública foram fortemente reduzidos.
As pensões seguem-se.

A economia arrefece e o desemprego cresce.
Por via disso, cobrar-se-ão menos impostos

Ninguém nos empresta, excepto, por enquanto, Victor Constâncio. O homem do défice virtual dos 6,83% tem conseguido que o BCE absorva quase toda a dívida soberana portuguesa que vai sendo emitida. Quer directamente, quer nos mercados secundários. E ainda, através do financiamento dos bancos (portugueses e outros) a quem empresta a 1% para comprarem dívida portuguesa a 7,5%.

Sócrates e Teixeira dos Santos sabem bem o buraco onde se meteram e com eles, o País.
E estão, apenas, a criar a encenação para que possam sair o menos mal possível da situação. Deixando, para trás o País, na situação que vemos.

Tal como Guterres, que fugiu do pântano, antes de entrar nele. 
Dessa forma, iludiu os portugueses. O suficiente para que o PS não fosse massacrado nas eleições seguintes. E, assim, criou condições para que o seu partido estivesse de volta, poucos anos depois, após o golpe palaciano de Sampaio, mas agora, com Sócrates, para continuar a levar o País para o abismo. Tudo isto com a conivência de Constâncio_6.83, através da “marcação” de um ponto de partida falsa para uma descida “virtual” do défice público. O mesmo Constâncio que vai conseguindo, a partir do BCE, manter a situação de Portugal, artificialmente a salvo, no limbo desejado por Sócrates. Adiando o inevitável, o máximo possível.

Alguns defendem o derrube de Sócrates.
Não. Esse terá de cair, derrubado pelo “tsunami” resultante do “terramoto” de (má) gestão que aplicou ao País nos últimos 6 anos. Perdoem-me a imagem, mas a realidade é que a situação actual é apenas o resultado de anos de erros acumulados. 
Mais ou menos PEC, mais ou menos execução orçamental neste ou naquele mês, são tudo “amendoins”. A mudança precisa de ser estrutural. Precisamos de um “reset” do sistema. Um desliga-liga. Infelizmente, por causa destes senhores, partiremos de baixo, bem de baixo, de níveis, talvez, equivalentes aos que tínhamos há 15 anos…

Não podem ser estes (os que provocaram a situação) a fazer esse trabalho. Por causa deles, criou-se uma expectativa de uma sociedade e de um nível de vida totalmente falsa e impossível. Que não só nos fez perder todo este tempo, como nos obrigará a esforços redobrados para recomeçar… Estes, deverão chafurdar o pântano que criaram, o tempo suficiente para que o País entenda que lhes deve imputar toda a responsabilidade pela situação criada. E que deve coloca-los num “táxi”.

Merkel vai, em breve, pressionada internamente, afastar Constâncio do assunto e o BCE vai passar a estar indisponível para aguentar Sócrates (os nossos bancos e o País). 
Sócrates diz bem ao dizer que não precisa de ajuda externa. Pois não precisa. Ele. Que sabe bem que cai em sequência da aceitação (por não haver outra saída) da vinda da mesma. Vai fugir dela como o diabo da cruz. Mas será o seu fim.

Mas, infelizmente, fomos, por ele e por Teixeira dos Santos, levados a um ponto em que estamos totalmente dependentes desses financiamentos extra-mercados. Já não estamos nos mercados…

Todos estes socialistas, em conluio, estão apenas a adiar artificialmente essa retirada de tapete até que haja condições para atenuar os impactos eleitorais no PS português. Estão à espera de uma precipitação do PSD ou Cavaco. Que não podem cair na esparrela. O PS vai cair maduro. Com mais um pouco de calma, assim acontecerá.

A ideia que podemos escapar de um processo penoso em resultado da ajuda externa, é uma ideia que Sócrates quer fazer crescer, na opinião pública, a fim de a explorar na campanha eleitoral, caso consiga cair rapidamente, de preferência, por acção de Coelho ou Cavaco. 
A verdade é que não lhe escapamos e a situação estará por uma unha negra. E Sócrates, melhor que ninguém (com Teixeira dos Santos) sabe disso. Daí as suas movimentações recentes. Vai continuar a massacrar o País com PECs sucessivos e leva-los a Merkel. Sempre pedindo mais  tempo. Qual Martim Moniz, de corda ao pescoço. Para que a sua queda do Governo seja no "timing" que ele quer. Nos termos atrás indicados, para potenciar um regresso a médio prazo.

O PSD deve ter paciência. E desligar-se de tudo o que faz o Governo. Dizendo que não é conivente, mas que não dará o prazer a Sócrates de o derrubar, antes dele mesmo se confrontar com a tal ajuda externa, incontornável a curto prazo.

O País não ficará pior se esperarmos mais um pouco. Para colocar Sócrates e o socialismo num táxi, longe do poder por alguns bons anos. Aí, sim, o País ganhará muito.

É uma questão de 2 a 3 meses. A economia vai cair, os juros subir, a execução orçamental soçobrar e o BCE se indisponibilizar. Será a “campainha” para a ajuda externa.

Depois:

A ajuda externa garantirá que escapamos da bancarrota, mas o País não se livrará de um ajuste (ainda maior). Forçado. Por culpa exclusiva de todos os que governaram o País nos últimos anos.

Com a ajuda do petróleo (cada vez mais) caro e das taxas de juro (crescentes) do BCE, tudo se complicará. Menos economia. Uma enorme queda no nível de vida. Abril trouxe, Abril levou.

Haverá novos cortes de ordenados e pensões.
Reduções ou fim dos subsídios de férias e Natal.
Fim aos défices nas empresas públicas o que trará transportes ao dobro do preço.

Seremos colocados, bem em baixo, num ponto compatível com a nossa produção, sem prejuízo dos pagamentos das dívidas (soberanas e outras) contraídas. Ou seja, mesmo bem em baixo.

Nessa altura, já todo o País terá entendido que o percurso socialista não leva a nada. Apenas a ilusões e a um fim triste.

Começaremos tudo de novo.
Constituição revista.
Reformas estruturais.
Um regresso, duro, à realidade.

Obviamente, com outros.
Estes, ficarão (mal) registados na nossa triste história recente.

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