março 24, 2011

Livres de Sócrates

Acabou.
Seis anos que desgraçaram o País. 
A situação actual, pelo menos, tem o mérito de ter encerrado um triste capítulo.
O que virá depois?
Nada de bom.
Primeiro, Sócrates saiu alguns meses antes do que devia. Devia ter ficado para arcar com as consequências de tudo o que fez. A fim de que ele e o PS fossem fortemente penalizados em eleições no final do ano, dando lugar a um governo forte, que pudesse inflectir opções a partir do ponto para o qual (ainda) vamos cair. Para que, bem abaixo de onde estamos pudéssemos começar a subir de forma economicamente sustentada.

Vamos agora passar a fase dos "esqueletos a saírem dos armários".

Só assim, será possível destruir o reduto socrático que está a montar a trincheira no PS. Tivemos ontem a amostra da resistência que irá acontecer. 

Trataram de confundir seis anos de má gestão que colocaram Portugal (muito) doente, com a decisão de lhe aplicar alguns medicamentos (que apenas são discutíveis na marca ou genérico que melhor se ajustaria) com alguns efeitos secundários. Já todos entendemos que isto não vai (não ia) com estes medicamentos e que serão precisos mais e outros, uma intervenção cirúrgica seguida de quimioterapia.

E isso será para já. E seria sempre para já, ficasse ou não o Governo.
A questão coloca-se, agora, ao nível de quem deverá estar para reerguer o País, no pós quimioterapia.
Os mesmos? Que provocaram a doença?
Claro que não.
A esquerda, não sairá do seu registo. Que não leva a lugar nenhum. Protesto apenas.

O PS, começará a estrebuchar. Resta saber quando. Os "esqueletos" farão mossa nas trincheiras socialistas.
E já vimos de onde virá um forte empurrão: António Costa. Bastou estar atento, ontem, à SIC.
Mas também de muitos outros, da área passadista do PS. Aí, o discurso será o da esquerda, mas vingará, de alguma forma.

A coligação negativa é estranha.
O Governo tratou de explorar isso. Destrutiva apenas.
Entendemos que a direita perdeu mais do que a esquerda. A queda, tão cedo, do Governo, dá ao PS algumas hipóteses de se vitimizar e aligeirar responsabilidades (a intervenção cicurgica e a quimioterapia) já agendadas e incontornáveis, que cairão na responsabilidade (negocial) de outros. Parte da população tenderá, sob pressão da esquerda, à imputação das responsabilidades (do PS) a quem tiver que tomar as próximas decisões.

Então, com a direita (algo) sacrificada, podemos ter resultados menos bons nas eleições. Poderá não sair dali um governo tão forte como seria necessário, no pós-quimioterapia.

A solução poderia passar pelo Presidente da República. Um governo provisório que poderia gerir esta fase. A do tratamento. Colocando apenas a opção do "começar de novo" nas mãos dos Portugueses. Mas o PS não estará para isso.

Assim, tudo dependerá dos "esqueletos" que, rapidamente, virão ao de cima. Para isso, é necessário outro Governo, de imediato. Que assuma os próximos passos, sem a Assembleia, onde o PS cavará trincheiras. Depois, veremos quando António Costa se assumirá.

Não será fácil...
O nó está apertado.

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