Esta ideia, claramente vinda da esquerda é de uma injustiça atroz.
Realmente, o PS e o PSD (com o PP) tiveram no Governo nos últimos 15 anos.
Mas o PS, esteve por muito mais tempo. Sem comparação.
Por outro lado, sempre que o PS esteve no Governo (tirando os últimos meses), sempre governou à esquerda. A alteração recente do seu procedimento deve-se apenas a ter sido a isso obrigado: a governar sem ideologia, sem alternativa, contra natura.
Quando o PSD esteve no Governo, o PS encostou-se ao PCP e à esquerda, alinhando sempre nas pressões de rua, greves e ainda contou com a miserável actuação de Sampaio na presidência. Alinhado com a imprensa, linchou Santana Lopes e desfez uma maioria absoluta. O PSD não teve tempo, nem nenhuma condição de colocar as suas ideias no terreno. Alinhavou caminhos, conteve gastos públicos, mas foi erradicado por Sampaio. Afinal havia "mais vida além do défice". Viu-se...
Ou estava o PS no governo ou estava um PSD sempre condicionado, e limitado, sem alternativa, a governar à esquerda (mesmo que suave).
O que faz falta a Portugal é o teste da governação liberal na área do PSD. Que ainda não foi testado.
Curiosa é a posição da esquerda portuguesa (a que está na oposição) que não consegue “ver” que os problemas do País prendem-se com aquela governação “sempre à esquerda”. E que a adopção das suas soluções seria colocar uns patins na descida que percorremos, em direcção ao abismo.
Uma futura governação do PSD voltará a ter os mesmos escolhos: o PS de duas caras (como governo ou como oposição) irá virar novamente à esquerda de rua. E, mudando as caras (Benavente em vez de Sócrates, como exemplo) adoptam a posição do BE. Resta saber com quem estarão, desta vez, os “donos” da Comunicação Social. E se o FMI e Merkel estarão por aí a definir o que interessa.
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